como água por entre pedras
o pensamento se agita em seu trilho
do ruído nasce a civilização
mas é no silêncio
que Aquele cujas palavras são as próprias coisas
pode ser ouvido
um jarro de água já não nos satisfaz
desejamos o rio
sua correnteza que encara o mar
as manhãs que se escondem por trás das nuvens
exilados do eterno
o cheiro da mortalidade nos consome
distantes do Amado
até o paraíso é odioso
em sua presença
o sol se envergonha e as esferas celestes
vacilam como um jovem
que persegue o amor
um cálice quebrado é capaz de conter o oceano
um espelho partido reflete a variedade das formas
o esplendor do Amado
não pode ser concebido
nem pelos sonhos distantes
das esferas celestes
bernardo lins brandão
eu gostei mas nao encontre o que tava a procura mais ache muito bom!!!!