André Capilé é um poeta brasileiro, nascido em Barra Mansa, Rio de Janeiro, em 1978, e já apareceu aqui na escamandro (clique aqui). É graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Mestre em Letras pela PUC-Rio. Doutor em “Literatura, Cultura & Contemporaneidade”, também pela PUC. Publicou rapace [2012 – Editora TextoTerritório] e balaio [2014 – 7Letras]; traduziu, para a Edições Macondo, “The Love Song of J. Alfred Prufrock” na coleção Herbert Richers. Tem previsão de lançamento e relançamento este ano pela editora TextoTerritório.
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das flores que comemos desde antanho
quando chamou-me irmão em suas linhas
— leitores do desastre e arte mesquinha —
a vida ainda não tinha esse tamanho
do horror batendo à porta nos chamando.
§
a inversão dos sinais indiciava
: se a vara é curta, então cutuque a onça.
contavam que a urutu mordesse em brasa
e a baba do tinhoso lá se via
armada em meio ao medo a cada esquina.
§
há ceia farta até num galho morto
ao ver na fruta empenhada, futura
a força de seu peso antes da colha.
§
e o verde da miséria observava
a trama da anti-história que assobia.
na pressão manifesta dos desejos,
de corpos atritando-se entre beijos,
naquela encruzilhada de onde um sol
detrás da barricada avolumava.
§
a máquina da morte nos chegava
coturna como a besta trincadentes.
(bandeiras vão voar — um viva às bruxas
— feitiço rubro na língua das ruas,
nos vimos horizonte olhos nos olhos,
e o abraço que nos demos fortaleza
foi grão de resistir mas não por medo).
Boa tarde!…
Preciso com urgência entrar em contato com o André…
24 999793204
Este 999793205
Que poema ruim! Que metrificação capenga!