A entrega amorosa como resistência política dos afetos: Catulo exuzado em Bebedouro

Ainda que o gênero elegíaco exista pelo menos desde o século VII a.C. na Grécia arcaica e tenha se tornado popular graças a poetas como Sólon, Tirteu e Mimnermo, por exemplo, aquilo que veio a se desenvolver em Roma, durante o Período Augustano, estabeleceu-se como um modo muito particular desse gênero, chegando quase a ser considerado um gênero à parte devido à sua peculiaridade. A … Continuar lendo A entrega amorosa como resistência política dos afetos: Catulo exuzado em Bebedouro

Rachel Hadas (1948—), por Rodrigo Gonçalves

Rachel Hadas é autora de mais de vinte livros de poesia, ensaios e traduções. Poems for Camilla foi publicado em 2018 pela Measure Press, que lançará Love and dread ainda em 2020. Uma coleção de seleções de prosa, Piece by piece, será publicada por Paul Dry Books em 2021. Rachel Hadas é Board of Governors Professor of English na Rutgers University-Newark, Nova Jersey, EUA, onde … Continuar lendo Rachel Hadas (1948—), por Rodrigo Gonçalves

Eduardo das Neves (1874-1919)

É certo que a literatura brasileira não tenha muitos exemplos de obras produzidas por aqueles que sempre se encontraram às margens da sociedade, se pensarmos a partir de uma historiografia convencional das poéticas. Raros são os casos como os de Maria Carolina de Jesus ou Lima Barreto. Em geral, nossa produção esteve sempre centrada nas mãos dos homens, mas de homens bacharéis, padres e acadêmicos. … Continuar lendo Eduardo das Neves (1874-1919)

Proêmio da Ilíada, por Matheus Mavericco

Proêmios são grosso modo um resumo supercompacto dos grandes épicos antigos. A diferença é que, em vez de virem acompanhados de elogios geneticamente selecionados de resenhas de jornais de grande circulação, como na capa de trás dos livros, e em vez de entregarem a obra praticamente toda para o leitor, como nos trailers de cinema, o proêmio dava o sabor da técnica e do traquejo … Continuar lendo Proêmio da Ilíada, por Matheus Mavericco

Ilya Kaminsky (1977-), por Rubens Akira Kuana

Ilya Kaminsky nasceu em 1977 em Odessa, antiga União Soviética, atual Ucrânia. Ele perdeu a maior parte de sua audição aos quatro anos de idade, quando um médico diagnosticou erroneamente caxumba como um resfriado. Sua família recebeu asilo político nos Estados Unidos em 1993, estabelecendo-se em Rochester, Nova Iorque. Após a morte de seu pai em 1994, Kaminsky começou a escrever poemas em inglês. O … Continuar lendo Ilya Kaminsky (1977-), por Rubens Akira Kuana

Louise Furtado (1997-)

Louise Furtado (1997) é poeta e mestranda em teoria literária pela UFF, em Niterói, RJ. Nasceu em Guarapuava no interior do Paraná, morou em Curitiba, morou no Rio de Janeiro, atualmente mora em Niterói e amanhã não se sabe. Estes 4 poemas fazem parte de um projeto em andamento intitulado “taxidermias”. Gosta quando a ponte Rio-Niterói fica interditada porque um cachorro resolveu atravessar e de … Continuar lendo Louise Furtado (1997-)

23 tradução para um epigrama de Tibulo, por Matheus Mavericco

Elogiado por Quintiliano no livro X das Instituições Oratórias e lembrado por Ovídio no nono poema do terceiro livro dos Amores, Tibulo é sem dúvidas um nome de destaque dentro da elegia romana, ao lado do próprio Ovídio ou de Propércio. O gênero elegíaco, que remonta à poesia grega arcaica, surgiu na poesia romana pelas mãos de um certo Cornélio Galo, de quem só restam … Continuar lendo 23 tradução para um epigrama de Tibulo, por Matheus Mavericco

Badminton, de Luis Eduardo García, por Rodrigo Milan

Luis Eduardo García (Guadalajara, México, 1984) é autor de “Dos estudios a partir de la descomposición de Marcus Rothkowitz” (Tierra Adentro, México, 2012; Libros Tadeys, Chile, 2015), “Una máquina que drena lo celeste (Zindo & Gafuri, Argentina, 2014), “Armenia” (filodecaballos, México, 2016), “Mis poemas Alt Lit” (Libros del Pez Espiral, Chile, 2017), “Dhigavostov” (Luzzeta Editores, México, 2018) e “Bádminton” (Libros Tadeys, Chile; Electrodependiente, Bolivia, 2018), … Continuar lendo Badminton, de Luis Eduardo García, por Rodrigo Milan

XANTO | Jogo perigoso: aumentar as ideias no coração dos alegres, por Ana Luiza Rigueto

“Qual é o perigo?”, foi a pergunta dirigida a Adília Lopes durante uma entrevista em 2005, em referência ao título de seu primeiro livro, “Um jogo bastante perigoso”, publicado em Portugal vinte anos antes (com primeira edição no Brasil pela Editora Moinhos, 2018). Adília responde que “viver é perigoso”. O jornalista Carlos Vaz Marques insiste, “e a poesia?”. Então ela assente, pois “custou a cabeça … Continuar lendo XANTO | Jogo perigoso: aumentar as ideias no coração dos alegres, por Ana Luiza Rigueto

#nãovaiterlista

como somos absolutamente fora do tempo, nossa lista de leituras de 2019 sai apenas em 2020. de todo modo, é interessante esse descompasso porque assinala a proposta dessa nossa lista: uma lista de afetos, não dos melhores. a ideia foi passar ao largo daquilo que se propõem as listas mercadológicas ao listarem os melhores do ano. os nossos escolhidos, aqui anônimos na decisão de cada … Continuar lendo #nãovaiterlista