José Pinto (1988—)

José Pinto (Vila Real, 1988) é poeta, dramaturgo, tradutor, performer e psicólogo; vive hoje em Elgas, Portugal. É autor de três livros; dois de poemas em formato, por assim dizer, tradicional: Humanus (Corpos, Portugal, 2015) e Chá para o nevoeiro (Urutau, Brasil-Galiza, 2021). E de um que resulta de seu trabalho como dramaturgo, o delicado e forte TOCA: oito poemas de amor e uma canção angustiada (UMCOLETIVO, Portugal, 2021), a … Continuar lendo José Pinto (1988—)

Maria do Carmo/Carminha Ferreira (1938—)

  Todos sabemos, e já venho ficando rouco de falar (ou tendo LER de tanto escrever) esta paráfrase de Roman Jakobson sobre a Rússia: este país esbanja os seus poetas; porém, à diferença da URSS de então, o Brasil por vezes os deixa morrer à míngua, por vezes nem percebe sua existência; no mais das vezes até os deixa trabalhar aos trancos e barrancos, mas … Continuar lendo Maria do Carmo/Carminha Ferreira (1938—)

Um centro anda na margem: Alberto da Costa e Silva (1931—)

Este é um ano de números redondos para a poesia brasileira: até o momento, já fizeram 90 anos Augusto de Campos (1931—) e 80 Leonardo Fróes (1941—), ambos poetas de fevereiro, com um percurso e uma recepção muito diversos, porém hoje fundamentais para os leitores atentos de poesia contemporânea, mesmo que ambos continuem sem uma obra reunida em catálogo contínuo. Logo chega o momento em … Continuar lendo Um centro anda na margem: Alberto da Costa e Silva (1931—)

In memoriam: Maria Lúcia Alvim (1932-2021)

Já tivemos dois posts na escamandro sobre Maria Lúcia Alvim, o primeiro deles acabou dando o pontapé para uma aventura que culminou na publicação de Batendo pasto, livro inédito de 1982, que estava na gaveta de Paulo Henriques Britto, sob juramento de só ser publicado após a sua morte. Felizmente, Ricardo Domeneck conseguiu convencê-la de que nós e ela o merecíamos em vida. Durou pouco. … Continuar lendo In memoriam: Maria Lúcia Alvim (1932-2021)

Editorial

A escamandro está no seu décimo ano de vida. O que nos faz repensar pra valer o que fizemos e também queremos fazer de agora em diante. Depois de várias conversas, consideramos uma mudança editorial no formato blogue da revista. O cenário hoje é radicalmente diferente daquele que havia no início do nosso projeto, em 2011, seja por aquilo a que nos propúnhamos, seja pelo … Continuar lendo Editorial

“Ode — Indícios de Imortalidade”, de Wordsworth, por Ricardo Neves

A poesia aparece em lugares inesperados. Encontrei-me com a “Ode” de Wordsworth lendo um dos livros do conhecido autor de divulgação científica Stephen Jay Gould, “Ever since Darwin”, capítulo “The Child as Man’s Real Father”. Como contraponto à argumentação puramente científica do seu texto, Gould cita um trecho da Ode:   Though nothing can bring back the hourOf splendour in the grass, of glory in … Continuar lendo “Ode — Indícios de Imortalidade”, de Wordsworth, por Ricardo Neves

XANTO|”Tite de Lemos: cortina de espelhos”, por André Luiz Pinto

Como Dante Milano (1899-1991), Tite de Lemos (1942-1989), que participa emprestando sua belíssima voz no documentário em homenagem ao poeta modernista, já era um poeta maduro em sua primeira obra, Marcas de Zorro, de 1979. Tal como Poesias, a primeira obra de Dante, publicada em 1948, Marcas de Zorro era uma obra esperada fazia tempo por um círculo nada modesto, que ia de Ivan Junqueira … Continuar lendo XANTO|”Tite de Lemos: cortina de espelhos”, por André Luiz Pinto

sessão vagalume | Natasha Sardzoska, por Prisca Agustoni

Natasha Sardzoska (Skopje, Macedônia, 1979) é poeta, ensaísta, escritora, tradutora e intérprete literária da Macedônia e trabalha com várias línguas (francês, italiano, espanhol, inglês, português, croato e catalão). Doutora em Antropologia pela Universidade Eberhard Karls de Tübingen, Universidade Sorbonne Nouvelle em Paris e Universidade de Bergamo, atualmente é pesquisadora afiliada do Centro de Estudos Avançados do Sudeste Europeu, em Rijeka, na Croácia, e professora assistente … Continuar lendo sessão vagalume | Natasha Sardzoska, por Prisca Agustoni

Louis Zukofsky, por Arthur Lungov

Louis Zukofsky (1904 – 1978) foi um dos poetas estadunidenses mais inventivos e instigantes do século XX. Poeticamente, Zukofsky segue na linha dos grandes vanguardistas norte-americanos, em especial Pound e T. S. Eliot. Zukofsky vê no poema um objeto linguístico que deve ser manipulado e composto a fim de levar a linguagem e a tradição poética ao máximo de suas tensões. Sua maior obra, o … Continuar lendo Louis Zukofsky, por Arthur Lungov

5 poemas de Rafael Zacca

Rafael Zacca nasceu em 1987 e vive no Méier, Rio de Janeiro. Publicou o menor amor do mundo (7Letras) em outubro deste ano, que se soma a A estreita artéria das coisas (editora Garupa), Mini Marx (7Letras) e Mega Mao (Caju). Também oferece oficinas de criação e, sobre isso, publicou, com o coletivo Oficina Experimental de Poesia, o Almanaque Rebolado (várias editoras). É crítico, além de professor no departamento … Continuar lendo 5 poemas de Rafael Zacca