excertos do romance Tchevengur de Andrei Platônov, por Maria Vragova & Graziela Schneider

[excertos do romance Tchevengur — Andrei Platônov traduzido por Maria Vragova & Graziela Schneider] Tchevengur, de Andrei Platônov, é, indubitavelmente, uma das obras mais importantes da literatura russa do século XX e ocupa também um lugar de reconhecimento como uma obra icônica da literatura mundial do século passado. No entanto, o caminho do romance até seus leitores foi tão longo e tortuoso como os percorridos … Continuar lendo excertos do romance Tchevengur de Andrei Platônov, por Maria Vragova & Graziela Schneider

“Variações bélicas”— seis poemas de Amelia Rosselli, por Valentina Cantori

Amelia Rosselli (1930-1996) foi poeta, prosadora e tradutora de origem ítalo-inglesa, e uma das maiores vozes da poesia italiana do século XX. Nasceu em Paris, em condição de exílio: seu pai, Carlo Rosselli,  junto da mãe Marion Cave, havia se refugiado na França para escapar da perseguição fascista; ele e seu irmão Nello eram figuras importantes para o antifascismo, e foram assassinados, em 1937, pelas … Continuar lendo “Variações bélicas”— seis poemas de Amelia Rosselli, por Valentina Cantori

Nigar Arif, por Francis Kurkievicz

Nigar Arif nasceu em 20 de janeiro de 1993, no Azerbaijão. Formou-se em Língua Inglesa pela Universidade Pedagógica do Estado do Azerbaijão, em 2014. É membro da União Mundial dos Jovens Escritores da Turquia e diplomou-se na III Escola de Escritores Jovens pela União de Escritores do Azerbaijão. Também é membro do Fórum Internacional para a Criatividade e Humanidade, instituição sediada no Marrocos. Alguns de … Continuar lendo Nigar Arif, por Francis Kurkievicz

Tishani Doshi, por Shelly Bhoil

Tishani Doshi é uma notável dançarina indiana e autora premiada de seis livros de poesia e ficção. Ganhou o Eric Gregory Award for Poetry, All-India Poetry Competition, Forward Prize for Best First Collection por seu primeiro livro, Countries of the body em 2006. Seu livro de poesia, Girls are coming out of woods, foi indicado para os prêmios Ted Hughes e Firecracker. O primeiro romance da Tishani, The pleasure seekers, foi … Continuar lendo Tishani Doshi, por Shelly Bhoil

Óssip Mandelstam, por Guilherme Zani Teixeira

Óssip Emilevitch Mandelstam (1891-1938), poeta, ensaísta e tradutor, publicou três coletâneas de poesia em vida: Камень [Pedra], em 1913, obra que mais se aproximou da proposta do acmeísmo, movimento iniciado em 1911 e que buscava responder aos excessos do simbolismo, tópico que já vinha sendo debatido há quase uma década; Tristia, em 1922, com um título que faz alusão a Ovídio, poeta com o qual … Continuar lendo Óssip Mandelstam, por Guilherme Zani Teixeira

caminho de muito caminho, exu gira njila, eiá macumba

um divino de muitos nomes, truqueiro como só, dotado de toda sorte de contrariedades, vem passeando há muito entre nós e, na diversidade de seus múltiplos caminhos, toma posto, desde sempre muito seu, de inúmeros cruzamentos discursivos no presente-já dos dias que correm. salvo o meme, reproposto na figura de Paulinho recentemente, folha de fortuna, hortelã-pimenta & palma-miúda, padê de mel, padê de cachaça, padê … Continuar lendo caminho de muito caminho, exu gira njila, eiá macumba

Idea Vilariño: “No”, por Erlândia Ribeiro

Idea Vilariño (1920-2009) foi uma das poetas mais importantes do Uruguai, nasceu em 1920 em Montevideo e faleceu na mesma cidade em 2009. Já aos vinte e cinco anos de idade iniciou suas publicações com o poemário La suplicante (1945), seguida das obras Cielo, cielo (1947), Paraíso perdido (1949), Por aire sucio (1951), Nocturnos(1955), Poemas de amor (1957), Pobre mundo (1966) e No (1980), livro do qual me debrucei para esta tradução. A poeta também foi professora, tradutora e crítica … Continuar lendo Idea Vilariño: “No”, por Erlândia Ribeiro

Arsêni Tarkóvski, por Irineu Franco Perpétuo e Guilherme Gontijo Flores

Nove anos atrás, Bernardo Lins Brandão fez um post sobre a poesia de Arsêni Tarkóvski (Arseny Tarkovsky em grafia anglófona, 1907-1989); foi um post modesto em resposta ao nosso encantamento pela poesia desse russo que segue sendo mais conhecido como pai do cineasta Andrei Tarkóvski do que como poeta de força fora do comum. Andrei, de modo muito explícito, usou trechos de poemas do pai … Continuar lendo Arsêni Tarkóvski, por Irineu Franco Perpétuo e Guilherme Gontijo Flores

tradição aguda, afiar delicadezas — Jericho Brown, por Stephanie Borges; Warsan Shire, por Laura Assis

Jericho Brown, por Stephanie Borges O que pode ser considerada uma tradição quando pensamos em experiências negras?A partir da premissa “o poema é um gesto em direção ao lar” que se repete na série de poemas Duplex, Jericho Brown observa vários aspectos das vidas negras ao longo da história como a pilhagem de terras, a disputa pela linguagem que fale da vivência negra com suas … Continuar lendo tradição aguda, afiar delicadezas — Jericho Brown, por Stephanie Borges; Warsan Shire, por Laura Assis

essa língua tão áspera: “Gatas Selvagens” e a ~língua bastarda~ de Claire Finch e Élodie Petit, por Izadora Xavier

É manhãzinha e estou ouvindo as vozes de Claire e Elódie com risos ao fundo no ano de 2019. Costumava ter um ouvido difícil quando não olhava os olhos das mulheres antes desse ano de 2019, e então desde que o mundo passou a ser contado em a.p, d.p (antes da pandemia, depois da pandemia), meus olhos pedem descanso e ligo nuvens nos ouvidos. Ouço com … Continuar lendo essa língua tão áspera: “Gatas Selvagens” e a ~língua bastarda~ de Claire Finch e Élodie Petit, por Izadora Xavier