“Mãos” de Sarah Valle, por Natalia Borges Polesso

“Um corpo que dói é um corpo estrangeiro, que precisa de tradução no mundo das pessoas que não sentem dor. O corpo que dói reserva uma parte de suas energias apenas para se erguer, manter-se indiferente. Esse ruído constante lhe rouba uma fração da sensação do real, alguma coisa do real está perdida, um tanto de devaneio, um tanto de presença, um tanto de memória.  … Continuar lendo “Mãos” de Sarah Valle, por Natalia Borges Polesso

Saeed Jones, por Tom Jones

Saeed Jones nasceu em Memphis, Tennessee e cresceu em Lewisville, Texas. Já trabalhou no BuzzFeed como editor  LGBTQIA+ e de cultura. Seu debut na literatura se deu com a publicação, em 2014, da coletânea de poemas intitulados Prelude to Bruise, uma obra com poemas brutalmente eróticos que apresentam a dores e as doçuras das relações afetivas das pessoas LGBTQIA+. No mesmo ano foi finalista do … Continuar lendo Saeed Jones, por Tom Jones

Ângela Quinto

A série Perdi minha língua no estrangeiro surgiu de uma experiência na Oficina Tipográfica São Paulo, a partir do círculo de tipos móveis criado por Luy Albino. Entrar numa tipografia meses após a morte de meu irmão, um tipógrafo também, foi como andar para trás até chegar a traços indecidíveis. Repetir a impressão desse círculo de tipos incansavelmente, para depois chegar ao ateliê/casa e: ampliar, sobrepor, justapor, … Continuar lendo Ângela Quinto

XANTO | O mundo mutilado, de Prisca Agustoni ou as línguas partidas. Resenha e desenho, por Ana Cláudia Romano Ribeiro.

O mundo mutilado, livro de poemas de Prisca Augustoni, publicado pela editora Quelônio em 2020, com detalhe de ilustração de Anna Allenbach na capa, tem sete partes: seis delas são compostas por poemas; a última, “como nasceu este livro”, localiza o leitor no tempo, no espaço e nas tragédias que ele recoloca aos nossos olhos e que motivaram o livro: Entre 2013 e 2017 os … Continuar lendo XANTO | O mundo mutilado, de Prisca Agustoni ou as línguas partidas. Resenha e desenho, por Ana Cláudia Romano Ribeiro.

Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (V): Patrícia Lino conversa com Tiago Alves Costa

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021].Parte III: “Poesia Expandida. Fernando Aguiar, Teresa M. G. Jardim, Ricardo Tiago Moura, Alexandre Francisco Diaphra e Marta Bernardes” [maio 2021].Parte IV: “Volta para Tua Terra … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (V): Patrícia Lino conversa com Tiago Alves Costa

Cena de: Uma A Outra Tempestade, por André Capilé & Guilherme Gontijo Flores (a partir de Shakespeare & Césaire)

No dia 23 de setembro de 2020, ao fim do curso acerca da “Tradução-Exu”, compartilhado entre Guilherme Gontijo Flores e André Capilé, todo ele ainda disponível aqui: TRADUÇÃO-EXU, deu-se início à empreitada de refazer, em múltiplos cruzamentos, as tempestades de Césaire e Shakespeare. Se, em sua radicalidade, encarar Une Tempête, de Aimé Césaire, ela mesma uma tradução-exu de The Tempest, de William Shakespeare, ao cotejar … Continuar lendo Cena de: Uma A Outra Tempestade, por André Capilé & Guilherme Gontijo Flores (a partir de Shakespeare & Césaire)

Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (IV): Volta para Tua Terra (Urutau, 2021)

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021].Parte III: “Poesia Expandida. Fernando Aguiar, Teresa M. G. Jardim, Ricardo Tiago Moura, Alexandre Francisco Diaphra e Marta Bernardes” [maio 2021]. os racistas temem … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (IV): Volta para Tua Terra (Urutau, 2021)

Concret_s como frutos, nítid_s como pássaros (III): Poesia expandida

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021]. FERNANDO AGUIAR (LISBOA, 1956) Acho que há sempre uma ligação com aquilo que se fez nopassado, e nos livros sobre poesia visual os … Continuar lendo Concret_s como frutos, nítid_s como pássaros (III): Poesia expandida

essa língua tão áspera: heriberto yépez, por nina rizzi

H? o ensinamentofundamentaldapoemaé queéumprocessoda gente se ligarque tá’contecendou’a coisa quetemporariamentechamamospoema. Mas não é uma poema.É u’a coisa supina, tremenda,istorica. H? A poema é registrada na página.Mas aconteceu noutro canto. ¿H? La enseñanzafundamentaldel
poemaes que
es
un
proceso
de darnos cuentaque está sucediendoalgo quellamamospoema. Pero no es un poema.
Es algo superior, tremendo,istórico. ¿H? El poema se registra en la página.Pero sucedió en otra parte. * Heriberto Yépez (Tijuana, 1974), é tradutor … Continuar lendo essa língua tão áspera: heriberto yépez, por nina rizzi

Concretas como frutos nítidas como pássaros (II): Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021]. REGINA GUIMARÃES (PORTO, 1957) Correio do Porto: — Como se situa no panorama da poesia portuguesa contemporânea? (A cena literária, mas também, muitas vezes, as cenas literárias…) Regina Guimarães: — Não me situo. Correio do … Continuar lendo Concretas como frutos nítidas como pássaros (II): Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira