Cena de: Uma A Outra Tempestade, por André Capilé & Guilherme Gontijo Flores (a partir de Shakespeare & Césaire)

No dia 23 de setembro de 2020, ao fim do curso acerca da “Tradução-Exu”, compartilhado entre Guilherme Gontijo Flores e André Capilé, todo ele ainda disponível aqui: TRADUÇÃO-EXU, deu-se início à empreitada de refazer, em múltiplos cruzamentos, as tempestades de Césaire e Shakespeare. Se, em sua radicalidade, encarar Une Tempête, de Aimé Césaire, ela mesma uma tradução-exu de The Tempest, de William Shakespeare, ao cotejar … Continuar lendo Cena de: Uma A Outra Tempestade, por André Capilé & Guilherme Gontijo Flores (a partir de Shakespeare & Césaire)

tradição aguda, afiar delicadezas — Jericho Brown, por Stephanie Borges; Warsan Shire, por Laura Assis

Jericho Brown, por Stephanie Borges O que pode ser considerada uma tradição quando pensamos em experiências negras?A partir da premissa “o poema é um gesto em direção ao lar” que se repete na série de poemas Duplex, Jericho Brown observa vários aspectos das vidas negras ao longo da história como a pilhagem de terras, a disputa pela linguagem que fale da vivência negra com suas … Continuar lendo tradição aguda, afiar delicadezas — Jericho Brown, por Stephanie Borges; Warsan Shire, por Laura Assis

Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (IV): Volta para Tua Terra (Urutau, 2021)

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021].Parte III: “Poesia Expandida. Fernando Aguiar, Teresa M. G. Jardim, Ricardo Tiago Moura, Alexandre Francisco Diaphra e Marta Bernardes” [maio 2021]. os racistas temem … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (IV): Volta para Tua Terra (Urutau, 2021)

essa língua tão áspera: “Gatas Selvagens” e a ~língua bastarda~ de Claire Finch e Élodie Petit, por Izadora Xavier

É manhãzinha e estou ouvindo as vozes de Claire e Elódie com risos ao fundo no ano de 2019. Costumava ter um ouvido difícil quando não olhava os olhos das mulheres antes desse ano de 2019, e então desde que o mundo passou a ser contado em a.p, d.p (antes da pandemia, depois da pandemia), meus olhos pedem descanso e ligo nuvens nos ouvidos. Ouço com … Continuar lendo essa língua tão áspera: “Gatas Selvagens” e a ~língua bastarda~ de Claire Finch e Élodie Petit, por Izadora Xavier

XANTO|A mitopoética de Gerardo Mello Mourão, por Alexandre Sugamosto

O escritor cearense Gerardo Mello Mourão (Ipueiras, 8 de janeiro de 1917, Rio de Janeiro, 9 de março de 2007) é uma figura bastante enigmática na história da literatura brasileira. Poeta laureado, vencedor do Prêmio Jabuti com seu épico Invenção do Mar, indicado ao Nobel de Literatura em 1979 e elogiado por figuras como Ezra Pound e Carlos Drummond de Andrade, Mello Mourão ainda é … Continuar lendo XANTO|A mitopoética de Gerardo Mello Mourão, por Alexandre Sugamosto

XANTO | Siba: do popular poético ao épico

A poética popular do nordeste é ampla em relação ao estilo, mas pode-se resumir, creio, como um ponto de encontro comum, na poética dos cantadores de viola, dos repentistas. A poesia dos cantadores funciona como força motriz, através da qual os outros gêneros, como o maracatu do baque solto, o côco de embolada, o côco de roda, a ciranda etc, de certo modo, derivam e … Continuar lendo XANTO | Siba: do popular poético ao épico

XANTO | Adam Zagajewski: In Memoriam, por Marcelo Paiva de Souza

Em meio a tantas, em toda parte, nos tempos que vamos vivendo – quantas mais, em nosso país, sob as torpezas de um necrogoverno desabridamente aliado à pandemia? –, a morte do poeta polonês Adam Zagajewski (1945-2021) em Cracóvia no último dia 21 de março não chegou de pronto a meu conhecimento. Ao contrário da suspeita que já acorre quase que num reflexo, a causa … Continuar lendo XANTO | Adam Zagajewski: In Memoriam, por Marcelo Paiva de Souza

Concret_s como frutos, nítid_s como pássaros (III): Poesia expandida

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021]. FERNANDO AGUIAR (LISBOA, 1956) Acho que há sempre uma ligação com aquilo que se fez nopassado, e nos livros sobre poesia visual os … Continuar lendo Concret_s como frutos, nítid_s como pássaros (III): Poesia expandida

José Pinto (1988—)

José Pinto (Vila Real, 1988) é poeta, dramaturgo, tradutor, performer e psicólogo; vive hoje em Elgas, Portugal. É autor de três livros; dois de poemas em formato, por assim dizer, tradicional: Humanus (Corpos, Portugal, 2015) e Chá para o nevoeiro (Urutau, Brasil-Galiza, 2021). E de um que resulta de seu trabalho como dramaturgo, o delicado e forte TOCA: oito poemas de amor e uma canção angustiada (UMCOLETIVO, Portugal, 2021), a … Continuar lendo José Pinto (1988—)

Alejandra Pizarnik: “o inferno musical”, por nina rizzi

 Alejandra Pizarnik já apareceu diversas vezes aqui na escamandro, sendo a primeira em 2012: a tradução integral de seu primeiro livro La tierra más ajena/ A terra mais ao longe, em tradução do nosso então editor Vinícius Ferreira Barth, tradução primorosa que aliás muito me inspirou nas minhas próprias (suas traduções foram dividas em parte 1 e parte 2), e no mesmo ano Barth traduziu … Continuar lendo Alejandra Pizarnik: “o inferno musical”, por nina rizzi