dois de muitos novos, um curto circuito: inéditos de Adriano Scandolara & Lucas Litrento

Canto I de MOMO REI [uma farsa em onze cantos] de Adriano Scandolara que é é poeta e tradutor de Curitiba, atualmente residente em São Paulo. É o autor de Prometeu Desacorrentado e outros poemas (Autêntica, 2015), uma coletânea de traduções de Percy Bysshe Shelley, e Sansão Agonista, tradução poética da tragédia de John Milton (Editora de Cultura, 2020), além de ter traduzido a obra … Continuar lendo dois de muitos novos, um curto circuito: inéditos de Adriano Scandolara & Lucas Litrento

3 poemas inéditos de Adriano Scandolara

Adriano Scandolara (1988) é um poeta e tradutor de Curitiba, atualmente residente em São Paulo. Foi um dos editores e membros fundadores do escamandro, mas acabou se afastando por motivos de sanidade mental. É autor de Lira de Lixo (Patuá, 2013, esgotado, mas disponível aqui em pdf) e PARSONA (Kotter/Ateliê, 2017), um livro de poesia conceitual construído sobre a Via Láctea, de Olavo Bilac. Como tradutor, já traduziu um monte de gente, … Continuar lendo 3 poemas inéditos de Adriano Scandolara

CARPE DIEM: 28 versões + 2, por Matheus Mavericco

Existem poemas que conseguem a tremenda felicidade de cravarem uma expressão ou uma palavra na cabeça dos leitores. Nem sempre é sinal de qualidade. Veja o caso de “passar pela vida em branca nuvem”, expressão usada por nossos avós e que foi retirada de um poema de Francisco Otaviano, patrono da cadeira de número 13 na Academia Brasileira de Letras e poeta medíocre, autor, quando … Continuar lendo CARPE DIEM: 28 versões + 2, por Matheus Mavericco

Um cântico de Inana e Dumuzid

Bem, por sorte eu já falei bastante longamente sobre a deusa Inana, divindade suméria do amor, do sexo, da fertilidade e da guerra (conhecida como Ištar entre os babilônios e possível origem da deusa Afrodite no panteão grego) e seu esposo Dumuzid (ou Tâmuz), num momento anterior aqui no blogue, quando apresentei o poema “A descida de Inana ao mundo dos mortos” (e um outro … Continuar lendo Um cântico de Inana e Dumuzid

“O diálogo do pessimismo”

“O diálogo do pessimismo” é um poema babilônico que fazia um tempo que eu queria traduzir. Também chamado de arad mitanguranni (o primeiro verso do poema no original: “vem servir-me, escravo” ou “escuta, escravo”) ou “O diálogo de um senhor e seu escravo”, por motivos óbvios, ele consiste nisso mesmo. São 10 ou 11 estrofes, cada uma com uma estrutura bastante simples, mas eficaz: elas … Continuar lendo “O diálogo do pessimismo”

Ana Božičević

Ana Božičević nasceu em 1977 em Zagreb, na Croácia, e se mudou para Nova York em 1997, onde estudou no Hunter College e hoje estuda e dá aulas sobre poesia na BHQFU e no Bowery Poetry Club. Além de ser tradutora de poetas sérvio-croatas, como Zvonko Karanović (com um volume de traduções a ser publicado em breve), e ter publicado diversas plaquetes, é autora de … Continuar lendo Ana Božičević

Ozymândias, por Matheus Mavericco

“Ozymândias” é um soneto tão entranhado na cultura anglófona que é até meio difícil que você nunca tenha ouvido falar dele, ainda mais depois que num dos últimos episódios de Breaking Bad o inhrotagonista o recita. Um outro exemplo bom é o personagem Ozymândias de Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons. Num soneto que aborda a decadência de um rei que se orgulhava de ser o pica … Continuar lendo Ozymândias, por Matheus Mavericco

A pornochanchada medieval do Alfabeto de Ben Sirá

Eu gostaria de aproveitar a série de postagens do Gontijo sobre o que ele tem chamado de uma poética da prosa para apresentar para vocês uma pequena seleção de um livrinho muito, muito bizarro produzido pela cultura judaica medieval. Se recorro a um termo claramente anacrônico como pornochanchada – e não meramente “burlesco” – para descrevê-lo é só porque de fato somente o espírito da … Continuar lendo A pornochanchada medieval do Alfabeto de Ben Sirá

Do šīmtu ao fātum: sobre poesia, astrologia e noções de destino na antiguidade

…we make guilty of our disasters the sun, the moon, and the stars; as if we were villains on necessity; fools by heavenly compulsion; (…) My father compounded with my mother under the dragon’s tail, and my nativity was under ursa major; so that it follows I am rough and lecherous. —Tut! I should have been that I am, had the maidenliest star in the … Continuar lendo Do šīmtu ao fātum: sobre poesia, astrologia e noções de destino na antiguidade

Sansão Agonista

(para mais sobre John Milton, cf. nossos posts anteriores sobre o seu Paraíso Perdido e Reconquistado) Publicado em 1671, num volume que o incluía junto com o Paraíso Reconquistado, o Samson Agonistes, ou Sansão Agonista, de John Milton, é uma peça nos moldes de tragédia grega sobre a história do israelita Sansão, contada no Antigo Testamento, em Juízes 13-16 (mais sobre o contexto do livro … Continuar lendo Sansão Agonista