“Mãos” de Sarah Valle, por Natalia Borges Polesso

“Um corpo que dói é um corpo estrangeiro, que precisa de tradução no mundo das pessoas que não sentem dor. O corpo que dói reserva uma parte de suas energias apenas para se erguer, manter-se indiferente. Esse ruído constante lhe rouba uma fração da sensação do real, alguma coisa do real está perdida, um tanto de devaneio, um tanto de presença, um tanto de memória.  … Continuar lendo “Mãos” de Sarah Valle, por Natalia Borges Polesso

essa língua tão áspera: heriberto yépez, por nina rizzi

H? o ensinamentofundamentaldapoemaé queéumprocessoda gente se ligarque tá’contecendou’a coisa quetemporariamentechamamospoema. Mas não é uma poema.É u’a coisa supina, tremenda,istorica. H? A poema é registrada na página.Mas aconteceu noutro canto. ¿H? La enseñanzafundamentaldel
poemaes que
es
un
proceso
de darnos cuentaque está sucediendoalgo quellamamospoema. Pero no es un poema.
Es algo superior, tremendo,istórico. ¿H? El poema se registra en la página.Pero sucedió en otra parte. * Heriberto Yépez (Tijuana, 1974), é tradutor … Continuar lendo essa língua tão áspera: heriberto yépez, por nina rizzi

XANTO|A crítica que julga não é a crítica que lê, por Rafael Zacca

Sobre a polêmica iniciada na Folha, em abril deste ano, a propósito da poesia contemporânea e de sua “sisudez e hermetismo”, escrevi uma resposta, que fiquei pensando um bom tempo se deveria publicar ou não. Circulou entre alguns poucos amigos. Agora que o calor já passou, publico aqui, não na Folha, mas na Bolha (rs), menos por achar que é uma discussão doméstica, e mais … Continuar lendo XANTO|A crítica que julga não é a crítica que lê, por Rafael Zacca

a serpentina nunca se desenrola até o fim, de Heyk Pimenta, por Vinicius Varela

eu li um poema. um poema que me atinge cheio os ossos como uma onda num domingo de ressaca – e é o amor esta ressaca. é o homem com seus cabelos vermelhos pegados na estante; o uivo na madrugada, o sangue que me cobre o corpo pronto pra perícia, o corpo do homem. o corpo do homem é o corpo do poema. é o … Continuar lendo a serpentina nunca se desenrola até o fim, de Heyk Pimenta, por Vinicius Varela

“reflexões a respeito da função da arte e do problema da extinção”, de andré caramuru aubert

André Caramuru Aubert nasceu em São Paulo no longínquo ano de 1961. É historiador, editor e escritor. Já colaborou com publicações como O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Atualmente é colunista da revista Trip e colaborador do jornal Rascunho, para o qual mensalmente seleciona e traduz, entre seus preferidos, algum poeta estrangeiro. Publicou os romances A Vida nas Montanhas, A Cultura dos Sambaquis e Cemitérios. Seu primeiro volume de poemas, Outubro/Dezembro, será publicado em … Continuar lendo “reflexões a respeito da função da arte e do problema da extinção”, de andré caramuru aubert