“As quatro idades da poesia”, de Thomas Love Peacock

“Um poeta em nossos tempos é um semibárbaro numa comunidade civilizada. Ele vive nos dias do passado. Suas ideias, pensamentos, sentimentos e associações estão todos ligados aos modos bárbaros, costumes obsoletos e superstições refutadas. A marcha do seu intelecto é como a de um caranguejo, anda para trás. Quanto mais clara a luz que se difunde ao seu redor pelo progresso da razão, mais espessa … Continuar lendo “As quatro idades da poesia”, de Thomas Love Peacock

Emily Dickinson e suas traduções – Parte I

[esta é a primeira parte deste ciclo de postagens; para as postagens posteriores: parte II (sobre a tradução de Ivo Bender), parte III (sobre a tradução de Isa Mara Lando), parte IV (sobre a tradução de Augusto de Campos), parte V (José Lira)] Fazia um tempo já que eu andava querendo redigir um post sobre a poeta Emily Dickinson (1830 – 1886). Mas acontece que … Continuar lendo Emily Dickinson e suas traduções – Parte I

Dos paradoxos da linguagem: 3 poemas

Nós aqui do escamandro costumamos pegar leve com questões teóricas, em parte porque não temos a pretensão de fazer de nosso blog um reduto acadêmico (e, mais do que isso, ficaremos incrivelmente contentes se pudermos contribuir para, na verdade, tirar a poesia um pouco do domínio burocrático e dogmático da academia)… no entanto, dito isso, se há um teórico ao qual eu me vejo sempre … Continuar lendo Dos paradoxos da linguagem: 3 poemas

cyprian norwid

toda história, e com ela a história da literatura, é uma simplificação das forças complexas que atravessam qualquer empreitada humana. algumas simplificações são mais grosseiras que outras, óbvio; por isso essa frase bombástica – tão pouco do meu feitio – para abrir o post. porque algumas são mais grosseiras, & uma das que mais me incomoda, é a reconstrução da modernidade literária, que costuma, mais … Continuar lendo cyprian norwid

rilke, ainda

como disse no último post, também fiz traduções do rilke alemão, realizadas em parceria com maurício cardozo, que saíram na tradução em revista, & que vocês podem acessar aqui, para lerem a intro e ainda outros poemas. aquilo que interessa, ou ao menos me interessa nesse rilke dos novos poemas é o mesmo que me cativou na poesia francesa: essa captura da alma do objeto; portanto, … Continuar lendo rilke, ainda

französisch de rilke

rainer maria rilke (1875, praga – 1926, valmont) é talvez o nome mais famoso da poesia alemã na primeira metade do século xx. no brasil, a sua poesia já ganhou um bom punhado de traduções, sobretudo das obras mais famosas, como as elegias de duíno & os sonetos a orfeu, além da prosa das cartas a um jovem poeta. pessoalmente, nunca me comovi muito com esse rilke da grandes paisagens subjetivas, … Continuar lendo französisch de rilke

Sobre o Heine de André Vallias

Faz quase um ano já que André Vallias fez o lançamento oficial de seu livro Heine, hein? – poeta dos contrários, uma antologia de 120 poemas (mais colagens de trechos de cartas e prosa, com uma introduçãozinha e notas bem razoáveis) do poeta judeu de língua alemã Heinrich Heine (1797 – 1856), também conhecido como Harry ou Henri Heine. O lançamento de Curitiba foi mais … Continuar lendo Sobre o Heine de André Vallias