I am vertical, de Sylvia Plath, em multitradução de Rafael Zacca

Apresentação de “9 traduções de I am vertical, de Sylvia Plath” A tradução coloca, no limite que ela é, em questão a questão do outro. O autor do texto traduzido é também outro autor, o tradutor, mesmo que, antes de o texto ser traduzido, o autor dele já fosse outro de si mesmo, ao menos durante o texto. Se não há, para os textos, o … Continuar lendo I am vertical, de Sylvia Plath, em multitradução de Rafael Zacca

Duas cenas de necromancia na Antiguidade: a Odisseia e o livro de Samuel

Publicado pela primeira vez em 1946, o livro Mímesis, do filólogo e crítico Erich Auerbach, além de ter sido um marco para a crítica literária em geral, também teve uma profunda influência no campo dos estudos da Bíblia pelo viés literário – em “A cicatriz de Ulisses”, o ensaio que abre o livro, e um dos seus mais famosos, o autor compara o estilo do … Continuar lendo Duas cenas de necromancia na Antiguidade: a Odisseia e o livro de Samuel

“To his coy mistress”, de Andrew Marvell (pt. 2), por Matheus Mavericco

Andrew Marvell já foi apresentado pelos colegas do escamandro (clique aqui). Essa postagem é mais ou menos uma parte dois, com uma tradução minha e outras que consegui pescar internet afora. Pois note como o poema de Marvell é estranho. Não, é sério. Ele é comumente posto dentro da caixa de acrílico do carpe diem, e claro que não está errado. Dividido em três partes, se … Continuar lendo “To his coy mistress”, de Andrew Marvell (pt. 2), por Matheus Mavericco

Quatro manhãs de Rimbaud

  Aproveitando o embalo da temática do poema em prosa da minha postagem anterior sobre o Gaspard de la Nuit, de Aloysius Bertrand, geralmente visto como o pai do gênero na França, agora voltaremos nossa atenção sobre Rimbaud. Como se sabe, a obra de Rimbaud inclui, além de poemas famosos em verso propriamente como “Vênus Anadiômene”, “Vogais”, “No Cabaré Verde”, “O adormecido do vale”, “Oração da … Continuar lendo Quatro manhãs de Rimbaud

Rosas doentes

Em duas ocasiões anteriores, tratamos aqui dos poemas “The Tyger” e “The Lamb”, das Canções de Inocência & Experiência de William Blake. Recentemente eu fiquei meio obcecado com outro poema desses dois livros, “The Sick Rose”, e sinto que, apesar de ser curtíssimo, o poema merecia uma postagem inteira dedicada a ele. Segue no original: The Sick Rose O Rose thou art sick. The invisible … Continuar lendo Rosas doentes

Dylan Thomas, por Matheus Mavericco

Entre 1914 e 1953 uma das vidas mais conturbadas bateu ponto aqui na terra. Dylan Thomas, que Augusto de Campos chamou de bardo rejeitado, certamente não é do tipo de poeta que se resolva nem em notas biográficas e nem em páginas impressas. O leitor deverá terminar de ler a postagem aqui no escamandro e correr pra conferir a primeira gravação do autor declamando que … Continuar lendo Dylan Thomas, por Matheus Mavericco

O soneto das vogais e o livro Bahir

Faz alguns meses que eu fiz uma postagem sobre a teoria das correspondências de Swedenborg, ilustrado pelo soneto das correspondências de Baudelaire, numa tentativa de explicitar, via citação das fontes primárias mesmo, o elo entre o poeta, que permanece em posição absolutamente central em discussões sobre poesia moderna e modernidade, e uma doutrina mística que foi muito popular à época, mas hoje é pouco estudada … Continuar lendo O soneto das vogais e o livro Bahir

7 vezes “Aedh wishes for the cloths of Heaven”, de William Butler Yeats

originalmente publicado no volume The wind among the reeds (1899), “Aedh wishes for the cloths of Heaven” é um dos poemas mais famosos de william butler yeats (1865-1939). tanto, que já apareceu até num filme como Nunca te vi, sempre te amei (84 Charing Cross Road) , na voz de antony hopkins. ele incorpora o que é visto muitas vezes como uma primeira fase da … Continuar lendo 7 vezes “Aedh wishes for the cloths of Heaven”, de William Butler Yeats

A minha última duquesa – Robert Browning

Num momento anterior fiz uma postagem aqui no escamandro sobre um poema chamado “O amante de Porfíria”, do poeta vitoriano Robert Browning, em tradução minha (clique aqui). Na ocasião, mencionei a existência de um volume de traduções já para o português de alguns dos seus monólogos dramáticos, vertida por João Almeida Flor – uma edição, no entanto, infelizmente rara. Mas, por sorte, graças ao Flávio … Continuar lendo A minha última duquesa – Robert Browning

Dama recatada, senhora pudica, amada esquiva – Andrew Marvell em tradução

Andrew Marvell (1621 – 1678), ao lado de outros nomes muito bem conhecidos hoje como John Donne, foi um dos chamados “poetas metafísicos”, termo pejorativo cunhado pelo crítico Samuel Johnson para se referir a um grupo de poetas mais ou menos equivalente, cronologicamente (ainda que também em temática em alguns casos, sobretudo em Donne), ao nosso barroco – este também, como se sabe, outro termo … Continuar lendo Dama recatada, senhora pudica, amada esquiva – Andrew Marvell em tradução