Ode sobre a melancolia – John Keats

(Para uma introdução, com breve biografia, sobre John Keats e seus principais poemas, vide minha postagem anterior, clicando aqui) A “Ode on Melancholy” é uma das cinco grandes odes que Keats escreveu em 1819 – e, com apenas 30 versos em 3 estrofes, também a mais breve. É provável que ele tenha tido como referência aqui a grande obra do século XVII de Robert Burton, … Continuar lendo Ode sobre a melancolia – John Keats

Qohélet, O-que-Sabe

(Para um breve comentário sobre Haroldo de Campos e suas incursões e abordagem sobre a tradução bíblica feita diretamente do hebraico com enfoque poético, vide meu post anterior no escamandro sobre sua tradução do Cântico dos Cânticos, clicando aqui) Qohélet ou Cohélet (קוהלת), mais conhecido como Eclesiastes, um dos livros mais famosos da Tanakh, a Bíblia Hebraica ou Antigo Testamento, é o nome da figura … Continuar lendo Qohélet, O-que-Sabe

John Keats (1795 – 1821), em duas traduções

Com um bom grau, é claro, de simplificação, acredito que podemos traçar pelo menos dois perfis de arquétipos clássicos de poetas românticos. Em um polo temos aquele tipo de poeta aventureiro, hedonista, viajado (em mais de um sentido da palavra, inclusive), libertino, amante da liberdade e dotado de uma rebeldia por vezes beirando o pueril, que seria um dos modos pelos quais poderíamos descrever, por … Continuar lendo John Keats (1795 – 1821), em duas traduções

“A Segunda Vinda” de Yeats na Eutomia

Saiu esta semana o vol. 1, n. 11 (jan/jun. 2013) da revista Eutomia. Pode-se acessar a tabela de conteúdos dela clicando aqui. De minha parte, eu contribuí com a tradução de um dos poemas mais famosos do irlandês William Butler Yeats (1865 – 1939), “The Second Coming”, que reproduzo abaixo, junto com o original. Mas é óbvio que tem bem mais coisas legais por lá, … Continuar lendo “A Segunda Vinda” de Yeats na Eutomia

O Cântico dos Cânticos: vindo de Haroldo de Campos

Oitenta e quatro anos faria hoje Haroldo de Campos  (1929 — 2003). O poeta-crítico-tradutor dispensa maiores apresentações, acredito, e basta uma menção ao seu envolvimento com o Concretismo, à sua grande obra Galáxias e à extensa lista de autores que ele traduziu (como Homero, Dante, Mallarmé, Goethe, Maiakóvski…) para se ter uma noção da grandiosidade do seu legado. O que eu gostaria de celebrar hoje, … Continuar lendo O Cântico dos Cânticos: vindo de Haroldo de Campos

“Rapsódia de uma noite de vento” de T. S. Eliot

Eliot já não é nenhum estranho por estas bandas, sendo que já dedicamos duas postagens ao seu Prufrock, uma com a tradução de Rodrigo Gonçalves, outra com a de Rodolfo Jaruga. Agora, eu gostaria de volver nossa atenção para um dos poemas “menores” (não tão menor assim, a bem da verdade, com seus 78 versos), presente na primeira coletânea do poeta, publicada em 1920, Prufrock … Continuar lendo “Rapsódia de uma noite de vento” de T. S. Eliot

8 poemas de Paul Verlaine, em 3 tradutores

Há exatamente um ano eu postei umas traduções minhas e da editora e tradutora Heloisa Jahn de alguns poemas eróticos de Verlaine, em comemoração aos 168 anos do poeta – ao que acompanhou, logo na sequência, um outro post com traduções e notas do Leo Gonçalves, sobre o mesmo assunto.  Retornamos agora ao velho poeta maldito para relembrarmos, desta vez, a parte mais “séria”, por … Continuar lendo 8 poemas de Paul Verlaine, em 3 tradutores

Ronny Someck

Ronny Someck nasceu em 1951 em Bagdá, no Iraque, se mudou para Israel quando era criança e estudou literatura e filosofia hebraica na Universidade de Tel Aviv. É autor de dez volumes de poesia e já foi traduzido para diversas línguas, incluindo árabe, catalão, francês, alemão, dinamarquês, etc.  – segundo o site do autor, sua presença em antologias e revistas já soma 39 línguas. Pessoalmente, … Continuar lendo Ronny Someck

Kubla Khan – Samuel Taylor Coleridge

Um dos poemas mais famosos de um poeta pouco lido. A Samuel Taylor Coleridge (1773 – 1834), poderíamos dizer, falta, talvez, algo do charme imediato dos outros românticos ingleses – o júbilo natural proto-hippie de Wordsworth, o esteticismo elaborado de Keats, o ardor poético/político de Shelley, o visionarismo quase louco de Blake, o humor ácido de Byron… – o que talvez justifique o interesse reduzido … Continuar lendo Kubla Khan – Samuel Taylor Coleridge

Uma certa taça de crânio de Byron em várias bocas

Quem, por acaso, já folheou as páginas de Espumas Flutuantes, do nosso famoso poeta Castro Alves (1847-1871), romântico de 3ª geração, conhecido pelo poema anti-escravista Navio Negreiro, com certeza deve ter percebido que o poeta mescla alguns poemas traduzidos junto com sua produção própria ao longo do volume. Um desses poemas, de grande destaque, é a seguinte tradução de um poema do, também romântico famoso, … Continuar lendo Uma certa taça de crânio de Byron em várias bocas