Denise Levertov, por Stefano Calgaro

Denise Levertov (1923-1997) nasceu em Ilford, Inglaterra, e foi poeta, tradutora, ensaísta, editora e professora. Com doze anos enviou alguns poemas a T. S. Eliot, que a incentivou a prosseguir. Há em sua vida três fatores que permearam muito sua poética: 1) a educação informal e religiosa que teve pelos pais; 2) ter servido durante a Segunda Guerra como enfermeira, o que influenciou muito o … Continuar lendo Denise Levertov, por Stefano Calgaro

Um cântico de Inana e Dumuzid

Bem, por sorte eu já falei bastante longamente sobre a deusa Inana, divindade suméria do amor, do sexo, da fertilidade e da guerra (conhecida como Ištar entre os babilônios e possível origem da deusa Afrodite no panteão grego) e seu esposo Dumuzid (ou Tâmuz), num momento anterior aqui no blogue, quando apresentei o poema “A descida de Inana ao mundo dos mortos” (e um outro … Continuar lendo Um cântico de Inana e Dumuzid

Carol Ann Duffy, por Bernardo Beledeli Perin

Carol Ann Duffy nasceu em 1955 em Glasgow, na Escócia, e se estabeleceu como uma das vozes mais proeminentes da literatura de língua inglesa contemporânea. Duffy estudou Filosofia na Universidade de Liverpool e atualmente é professora de Poesia Contemporânea na Manchester Metropolitan University, além de ter sido apontada Poeta Laureada do Reino Unido em 2009 – a primeira mulher, a primeira escocesa e a primeira … Continuar lendo Carol Ann Duffy, por Bernardo Beledeli Perin

O erótico, a sexualidade e o amor na escrita de Cheryl Clarke, por Thamires Zabotto

(Thamires Zabotto é tradutora e já deu as caras aqui no escamandro anteriormente, com sua tradução e comentário dos poemas de influência iorubá de Audre Lorde (clique aqui)) Cheryl Clarke (1947 –) é poeta, educadora, teórica, ativista feminista negra e lésbica. Estudou na Universidade Howard e fez mestrado e doutorado em Inglês na Universidade Rutgers, onde lecionou desde 1970. Participou do Departamento de Mulheres e … Continuar lendo O erótico, a sexualidade e o amor na escrita de Cheryl Clarke, por Thamires Zabotto

A canção de amor de Šu-Sin, um poema sumério

Aproveitando o embalo do tema da escrita cuneiforme e línguas e poesia do Oriente Próximo e Médio da minha postagem do começo do mês sobre um poema do ugarítico, gostaria agora de tratar daquele que, desde seu descobrimento no século passado, tem sido frequentemente chamado de “o poema de amor mais antigo de mundo”. Aliás, recomendo seriamente que, para a leitura desta postagem, vocês ouçam … Continuar lendo A canção de amor de Šu-Sin, um poema sumério

Quatro poemas de Abu Nuwas (756 – 814)

  Motivado pelas discussões desta semana sobre questões delicadas, como religião, sobretudo o Islã, radicalismo, humor e liberdade de expressão, uma discussão já recorrente, aliás (pelo menos desde a fatwa lançada contra Salman Rushdie por conta de Os Versos Satânicos algumas décadas atrás), e, para variar, vendo o adjetivo “medieval” sendo usado por aí como um termo pejorativo, eu acabei inevitavelmente sendo relembrado de certos … Continuar lendo Quatro poemas de Abu Nuwas (756 – 814)

“To his coy mistress”, de Andrew Marvell (pt. 2), por Matheus Mavericco

Andrew Marvell já foi apresentado pelos colegas do escamandro (clique aqui). Essa postagem é mais ou menos uma parte dois, com uma tradução minha e outras que consegui pescar internet afora. Pois note como o poema de Marvell é estranho. Não, é sério. Ele é comumente posto dentro da caixa de acrílico do carpe diem, e claro que não está errado. Dividido em três partes, se … Continuar lendo “To his coy mistress”, de Andrew Marvell (pt. 2), por Matheus Mavericco

Rosas doentes

Em duas ocasiões anteriores, tratamos aqui dos poemas “The Tyger” e “The Lamb”, das Canções de Inocência & Experiência de William Blake. Recentemente eu fiquei meio obcecado com outro poema desses dois livros, “The Sick Rose”, e sinto que, apesar de ser curtíssimo, o poema merecia uma postagem inteira dedicada a ele. Segue no original: The Sick Rose O Rose thou art sick. The invisible … Continuar lendo Rosas doentes

Elizabeth Barrett Browning (1806 – 1861), por Matheus Mavericco

Do pensador político William Godwin & a pioneira do feminismo Mary Wollstonecraft (e sua filha e genro, Mary e Percy Shelley) até, digamos, Sartre & Beauvoir, temos muitos exemplos fascinantes de casais de escritores famosos na história da literatura e das humanidades em geral, mas me parece que são poucos os casais de poetas propriamente dito – o que faz com que eles sejam casos … Continuar lendo Elizabeth Barrett Browning (1806 – 1861), por Matheus Mavericco

Stefan George (1868 – 1933)

Confesso que só recentemente vim a conhecer o tradutor e poeta simbolista alemão Stefan George (1868 – 1933) e por causa da crítica Marjorie Perloff, que o menciona em seu livro autobiográfico The Vienna Paradox – e ela lamenta, inclusive, o quanto o poeta é pouco conhecido fora do mundo germanófono, em parte por conta de certos probleminhas ideológicos, como veremos na sequência aqui, e … Continuar lendo Stefan George (1868 – 1933)