Geoffrey Hill (1932-2016), por Érico Nogueira

O Dificultoso Geoffrey Hill Somos difíceis. Os seres humanos somos difíceis. Difíceis para nós mesmos, difíceis uns para os outros. – E um mistério para nós mesmos, um mistério uns para os outros. Topa-se com muitíssimo mais dificuldade real num dia comum do que na mais “intelectual” das obras de arte. Por que julgam que a poesia, a prosa, a pintura, a música devam ser … Continuar lendo Geoffrey Hill (1932-2016), por Érico Nogueira

Crystal Valentine, por Tom Jones

Crystal Valentine é uma poeta queer nascida e criada no Bronx e atualmente vive em Boston, Massachusetts. Escritora, ativista e educadora, formada pela NYU, Crystal é vencedora pelo terceiro ano consecutivo, do Grand Slam de Poesia da NYU, e do College Unions Poetry Slam Invitational. Foi laureada como poeta jovem em 2015 pela NYC e está em nono lugar no ranking de mulheres poetas por … Continuar lendo Crystal Valentine, por Tom Jones

“Mãos” de Sarah Valle, por Natalia Borges Polesso

“Um corpo que dói é um corpo estrangeiro, que precisa de tradução no mundo das pessoas que não sentem dor. O corpo que dói reserva uma parte de suas energias apenas para se erguer, manter-se indiferente. Esse ruído constante lhe rouba uma fração da sensação do real, alguma coisa do real está perdida, um tanto de devaneio, um tanto de presença, um tanto de memória.  … Continuar lendo “Mãos” de Sarah Valle, por Natalia Borges Polesso

Naomi Shihab Nye (1952-), por Annie van der Meer

Naomi Shihab Nye (1952-) nasceu em St. Louis, Missouri, filha de mãe americana e de pai palestino, refugiado. Poeta, ensaísta e professora universitária, Nye cresceu entre San Antonio, Texas, onde vive e leciona até hoje, e a Palestina, onde passou parte da adolescência com a família de seu pai. Entre poesia, prosa, e livros infanto-juvenis, já publicou mais de 30 livros, além de editar antologias … Continuar lendo Naomi Shihab Nye (1952-), por Annie van der Meer

Jorge Canese, por Adalberto Müller

Jorge Canese (1947-) é um dos mais importantes poetas paraguaios da geração que nasceu em meio à ditatura de Higinio Morígino (1940-1948)  e que teve que enfrentar uma das mais longas e cruéis ditaduras militares do século XX: a de Alfredo Stroessner (1954-1989). O nome desse sanguinário carrasco deve ser lembrado aqui por duas razões: primeiro, porque Canese foi aprisionado e torturado no final dos … Continuar lendo Jorge Canese, por Adalberto Müller

essa língua tão áspera: Maria Sabina, por Julia Bicalho Mendes

me vejo encontrando Sabina, conto sobre minha filha neurodiversa, ela me ampara numa acolhida de sábia que é. diz coisas como “a menininha vai rir e não chorar com seus fantasmas; a ti te costuro com a própria ferida”. talvez a linguagem de seu livro (os cânticos que entoa), ditada pelos meninos santos (os cogumelos), a velada (o ritual) façam mais negócio que as inúmeras … Continuar lendo essa língua tão áspera: Maria Sabina, por Julia Bicalho Mendes

Nigar Arif, por Francis Kurkievicz

Nigar Arif nasceu em 20 de janeiro de 1993, no Azerbaijão. Formou-se em Língua Inglesa pela Universidade Pedagógica do Estado do Azerbaijão, em 2014. É membro da União Mundial dos Jovens Escritores da Turquia e diplomou-se na III Escola de Escritores Jovens pela União de Escritores do Azerbaijão. Também é membro do Fórum Internacional para a Criatividade e Humanidade, instituição sediada no Marrocos. Alguns de … Continuar lendo Nigar Arif, por Francis Kurkievicz

Tishani Doshi, por Shelly Bhoil

Tishani Doshi é uma notável dançarina indiana e autora premiada de seis livros de poesia e ficção. Ganhou o Eric Gregory Award for Poetry, All-India Poetry Competition, Forward Prize for Best First Collection por seu primeiro livro, Countries of the body em 2006. Seu livro de poesia, Girls are coming out of woods, foi indicado para os prêmios Ted Hughes e Firecracker. O primeiro romance da Tishani, The pleasure seekers, foi … Continuar lendo Tishani Doshi, por Shelly Bhoil

Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (IV): Volta para Tua Terra (Urutau, 2021)

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021].Parte III: “Poesia Expandida. Fernando Aguiar, Teresa M. G. Jardim, Ricardo Tiago Moura, Alexandre Francisco Diaphra e Marta Bernardes” [maio 2021]. os racistas temem … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (IV): Volta para Tua Terra (Urutau, 2021)

essa língua tão áspera: “Gatas Selvagens” e a ~língua bastarda~ de Claire Finch e Élodie Petit, por Izadora Xavier

É manhãzinha e estou ouvindo as vozes de Claire e Elódie com risos ao fundo no ano de 2019. Costumava ter um ouvido difícil quando não olhava os olhos das mulheres antes desse ano de 2019, e então desde que o mundo passou a ser contado em a.p, d.p (antes da pandemia, depois da pandemia), meus olhos pedem descanso e ligo nuvens nos ouvidos. Ouço com … Continuar lendo essa língua tão áspera: “Gatas Selvagens” e a ~língua bastarda~ de Claire Finch e Élodie Petit, por Izadora Xavier