Do som ao traço: o aspecto musical como processo de composição do poema, por André Capilé e Sergio Maciel

Tradicionalmente, nos Estudos Clássicos, a questão da oralidade tem sido um problema. Pelo menos até o século XX, as abordagens eram muito mais voltadas ao texto em si, à sua realização literária, ao papel. A filologia era um campo quase absoluto, sobretudo entre os classicistas alemães, extremamente importantes para o cotejamento atual de manuscritos e da filologia românica, que ganhou força no século XIX. É … Continuar lendo Do som ao traço: o aspecto musical como processo de composição do poema, por André Capilé e Sergio Maciel

Patti Smith, por Nina Rizzi

Patti Smith nasceu em Chicago em 1946. É poeta, cantora, fotógrafa, escritora, compositora e musicista, conhecida como “poeta do punk” e “madrinha do punk”. Seu álbum de estreia, Horses (1975), que mistura rock, punk e poesia recitada, é considerado por muitos como o melhor álbum de estréia já lançado por um artista; ele começa com uma cover da música Gloria de Van Morrison e as … Continuar lendo Patti Smith, por Nina Rizzi

Quatro mulheres: Nina Simone por Nina Rizzi & um bis de Sueli Carneiro

“Four Women” é uma canção escrita pela cantora, compositora, pianista e arranjadora e militante pelos direitos civis dos negros Nina Simone. Gravada em abril de 1965 com produção de Hal Mooney e lançada em 1966 no álbum Wild Is the Wind (Philips Records), conta a história de quatro mulheres afro-americanas diferentes, onde cada uma das quatro personagens representa um arquétipo afro-americano. Thulani Davis, no The … Continuar lendo Quatro mulheres: Nina Simone por Nina Rizzi & um bis de Sueli Carneiro

Murder ballad em 2 casos

a murder ballad é um tipo de balada tradicional, em geral de origem não letrada, com tema de assassinato; sua tradição remonta à era pré-moderna, sobretudo nas regiões da escandinávia, irlanda & inglaterra, para depois serem mais divulgadas a partir do séc. xvii, graças à circulação de textos musicais impressos por toda a europa; por fim, a partir do séc. xviii começamos a ver essa … Continuar lendo Murder ballad em 2 casos

“Traduzindo Leonard Cohen”, por Diego Zerwes

Leonard Cohen é, antes de mais nada, um poeta. Filho de judeus canadenses, já na adolescência escrevia seus versos. Publicou o primeiro livro, Let us compare mythologies, em 1956, aos 22 anos. Cinco anos depois, publicou The Spice Box of Earth. Os dois títulos foram muito bem recebidos pela crítica e, a partir de então, passou a ser considerado um dos grandes poetas canadenses, ao … Continuar lendo “Traduzindo Leonard Cohen”, por Diego Zerwes

clément marot (1496-1544), por andityas soares de moura

as obras eróticas do ocidente têm essa recorrência à brevidade. pensem na lírica de catulo, nos sonetos de aretino, em bocage, em bernardo guimarães, em muitos etcéteras. não é lei, é verdade, mas há uma recorrência. hoje acordei com a cabeça em 5 pérolas que andityas soares de moura (veja mais aqui) traduziu numa plaquete, pela editora crisálida, em 2005: à boa teta e outros … Continuar lendo clément marot (1496-1544), por andityas soares de moura

A tarde de um fauno

Stéphane Mallarmé (1842 – 1898) dispensa apresentações. Imagino que quase todo poeta moderno, se lhe fosse dada a oportunidade, trocaria sua própria obra inteira pela chance de ter escrito o Un coup de dés. E, mesmo que Mallarmé nunca tivesse escrito o Un coup de dés, como ele também nunca conseguiu concluir Le Livre, sua ambiciosa grande obra total (o livro em que o mundo … Continuar lendo A tarde de um fauno

o canto dos mortos – paul zumthor

performance hoje é palavra de ordem. palavra que me atrai, & muito, pra ser sincero. mas me perturba/atiça/incita ainda mais a performance dos mortos. suas ações inalcançáveis. por isso este trechinho de paul zumthor, do livro introdução à poesia oral, em tradução de jerusa pires ferreira, maria lúcia diniz pochat & maria inês de almeida, que saiu em 2010 pela editora ufmg. guilherme gontijo flores Tiro … Continuar lendo o canto dos mortos – paul zumthor

jacques brel (1929-78)

no brasil, jacques brel é um compositor francês de “ne me quitte pas” (1972), & fim de conversa. aos mais interessados, esse francês era um belga nascido em 1929, na cidade schaarbeek, sob a alcunha de jacques romain georges brel, que, nos seus menos de 50 anos de vida compôs & gravou umas dezenas de cancões brilhantes em 13 discos de estúdio (entre 1954 & … Continuar lendo jacques brel (1929-78)