Anacreonte & Anacreônticas, por Leonardo Antunes

Segundo a tradição, Anacreonte nasceu na cidade jônia de Teos, na Ásia Menor, por volta da metade do século VI a.C. Por conta dos ataques de Harpago, general de Ciro, contra as cidades gregas da região, os habitantes de Teos se viram obrigados a fugir, tendo rumado para a Trácia, onde fundaram Abdera em 540 a.C. A própria obra do poeta parece fazer menção a … Continuar lendo Anacreonte & Anacreônticas, por Leonardo Antunes

Arquíloco de Paros (fr. 128 West), por Matheus Mavericco

A poesia antiga nos encanta com quitutes tais como as peripécias homéricas ou os fragmentos de Safo, mas, se querem saber, nem sempre é fácil degustá-los da maneira devida. Precisamos despir praticamente toda a nossa indumentária conceitual antes de perambularmos pelas veredas da Hélade. O que hoje, por exemplo, nos apetece encontrar em poemas líricos, toda aquela de paz de espírito em saber que para … Continuar lendo Arquíloco de Paros (fr. 128 West), por Matheus Mavericco

Ilíada de Homero, por Leonardo Antunes

Há muito tempo brinco com a ideia de traduzir a Ilíada. Foi por onde comecei meu trajeto nos Estudos Clássicos, numa longa e extremamente profícua Iniciação Científica sob a orientação do Prof. Christian Werner (de 2002 a 2004). Àquela época, traduzi metade do Canto II usando um hexâmetro dactílico aos moldes de Carlos Alberto Nunes, cuja tradução sempre foi uma grande inspiração para mim. Mais … Continuar lendo Ilíada de Homero, por Leonardo Antunes

XANTO| Em torno do fragmento 196a de Arquíloco, por Guilherme Gontijo Flores

Nota: o texto abaixo é trecho de um ensaio bem maior que escrevi a convite da Laura Erber e que deve sair ainda no primeiro semestre de 2018 pela Zazie Edições com o nome A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco. Aconselho que leiam aqui os trabalhos que já saíram na Pequena Biblioteca de Ensaios, que é um trabalho grande de produção e circulação … Continuar lendo XANTO| Em torno do fragmento 196a de Arquíloco, por Guilherme Gontijo Flores

Primeira Ode Olímpica de Píndaro, por Mário Faustino (1930-1962)

Píndaro (522 a.C. — 443 a.C.) costuma ser o terror de todo tradutor, inclusive pra quem nem é da área de clássica. Não é difícil ouvir um maluco do grego falar que é impossível traduzir Píndaro, porque a sonoridade de Píndaro, porque a sintaxe de Píndaro, porque, porque, porque…. Questão é: o rapaz era, realmente, virtuose. Sua questão musical resultou até mesmo num trabalho de … Continuar lendo Primeira Ode Olímpica de Píndaro, por Mário Faustino (1930-1962)

Duas cenas de necromancia na Antiguidade: a Odisseia e o livro de Samuel

Publicado pela primeira vez em 1946, o livro Mímesis, do filólogo e crítico Erich Auerbach, além de ter sido um marco para a crítica literária em geral, também teve uma profunda influência no campo dos estudos da Bíblia pelo viés literário – em “A cicatriz de Ulisses”, o ensaio que abre o livro, e um dos seus mais famosos, o autor compara o estilo do … Continuar lendo Duas cenas de necromancia na Antiguidade: a Odisseia e o livro de Samuel

Do šīmtu ao fātum: sobre poesia, astrologia e noções de destino na antiguidade

…we make guilty of our disasters the sun, the moon, and the stars; as if we were villains on necessity; fools by heavenly compulsion; (…) My father compounded with my mother under the dragon’s tail, and my nativity was under ursa major; so that it follows I am rough and lecherous. —Tut! I should have been that I am, had the maidenliest star in the … Continuar lendo Do šīmtu ao fātum: sobre poesia, astrologia e noções de destino na antiguidade

Teócrito, por Érico Nogueira

teócrito é geralmente conhecido como a fonte da poesia bucólica. influência de virgílio, etc. mas ele é muito mais do que mero ponto de partida, e espero que uma experiência poética em tradução de érico nogueira possa demonstrar um pouco do poder da sua poesia. érico nogueira (1979) é poeta, tradutor e professor de língua & literatura latinas na unifesp. é autor de o caderno de … Continuar lendo Teócrito, por Érico Nogueira