Emilio Villa (1914-2003), por Nayana Montechiari

Um expoente entre os poetas do Novecentos, Emilio Villa viveu clandestinamente e sua obra dispersa e pouco conhecida, intencionalmente. Aldo Tagliaferri, seu amigo e biógrafo, definiu-o perfeitamente: “Il Clandestino”. Emilio Villa (1914-2003) foi poeta, tradutor, crítico de arte, grande conhecedor de línguas semíticas, da língua italiana ou Ytaglyana (o que considerava uma língua de escravidão), do milanês, inglês, francês, grego, latim e até do “português … Continuar lendo Emilio Villa (1914-2003), por Nayana Montechiari

Vincent Bounoure, por Natan Schäfer

Depois de estudar na Escola de Minas de Nancy, Vincent Bounoure (Strasbourg, 1928 – Paris, 1996) recusou empregos em pesquisas industriais e militares e juntou-se ao grupo surrealista de Paris na primeira metade dos anos 1950 — grupo do qual ele faria parte até o fim de sua vida. Bounoure notabilizou-se tanto por sua atuação em âmbito internacional — contribuindo, inclusive, para a realização da … Continuar lendo Vincent Bounoure, por Natan Schäfer

Daniel Filipe (1925-1964)

  Procurei mais informações sobre o poeta Daniel Filipe, porém praticamente nada avança sobre o que está na Wikipédia, que aqui transcrevo e adapto: Daniel Damásio Ascensão Filipe nasceu na Ilha da Boavista, Cabo Verde, em 11 de dezembro de 1925. Veio para Portugal ainda criança, onde acabaria por concluir o Curso Geral dos Liceus. Mais tarde, foi co-director dos cadernos Notícias do Bloqueio, colaborador … Continuar lendo Daniel Filipe (1925-1964)

Edward Lear, por Cecilia Silva Furquim Marinho

Poemas nonsense para crianças (e adultos acriançados) em tempos de quarentena Tradução de um poema autobiográfico e de sete exemplos de poesia e ilustração nonsense do viajante Edward Lear, feitos para serem cantados. Essas ‘canções’ estão presentes em dois dos quatro livros que o autor publicou em vida, e que depois foram agrupados num mesmo volume com a inserção do poema autobiográfico na apresentação[1]. Os … Continuar lendo Edward Lear, por Cecilia Silva Furquim Marinho

Magloire-Saint-Aude, por Natan Schäfer

  Clément Magloire-Saint-Aude (1912 – 1971) foi um poeta surrealista haitiano. Sua obra se encontra reunida no livro Dialogue de mes lampes et autres textes (org. François Leperlier), publicado pela editora Jean Michel Place em 1998. Para apresentá-lo aos leitores deste escamandro, passo a palavra a André Breton: “Em doze a quinze versos, não mais, compreendo seu desejo: a pedra filosofal ou quase, a nota … Continuar lendo Magloire-Saint-Aude, por Natan Schäfer

Luís Omar Cáceres (1904-1943)

Luis Omar Cáceres foi uma figura excêntrica na literatura de vanguarda chilena. “Tinha uma maneira estranha de recitar, de pronunciar as palavras, quase que as saboreando, degustando-as”, diz Miguel Serrano, “E a aura angustiosa que o rodeava era tão impenetrável e irrespirável como os espaços gélidos do cosmos. Estava envolto em uma atmosfera de morte e solidão total. Seu drama se podia adivinhar em seus … Continuar lendo Luís Omar Cáceres (1904-1943)

Ernesto Cardenal, por Mariana Ruggieri

Ernesto Cardenal, poeta nicaraguense nascido em 1925, foi padre, participou da luta sandinista – para depois criticá-la face ao horror – e é devoto da teologia da libertação. Segue vivendo na sua ilha comunitária em Solentiname, reinventando cristianismos e marxismos e também a língua. Seu poema “Viaje a Nueva York” é um poema-documentário ou um poema-reportagem de fôlego e descreve uma visita sua a Nova … Continuar lendo Ernesto Cardenal, por Mariana Ruggieri

Muriel Rukeyser, por Vitória Régia

Muriel Rukeyser (1913-1980) foi uma poeta, ensaísta e ativista feminista norte-americana de origem judaica. Frequentou o Fieldston Schools e matriculou-se na Universidade Vassar (Poughkeepsie, NY). De 1930 a 1932, cursou a Universidade de Columbia em Nova York. Estreou na literatura com o livro Theory of Flight (1935), vencedor do Yale Younger Poets Series, o mais antigo prêmio literário anual dos Estados Unidos. Na época de … Continuar lendo Muriel Rukeyser, por Vitória Régia

Chuvas de Niikuni Seiichi (1925 – 1977), por Alessandro Funari

Niikuni Seiichi (1925 – 1977) foi um pintor e poeta japonês, um dos principais autores relacionados ao movimento concretista – tendo, inclusive, traduzido Haroldo de Campos para o japonês. Trabalhou com poesia ideogramática, com uma preocupação bastante visual. Para este poema, Chuva, foram feitas duas versões: uma visual e uma com foco no aspecto sonoro (soma-se o fato de que, em japonês, a onomatopeia para … Continuar lendo Chuvas de Niikuni Seiichi (1925 – 1977), por Alessandro Funari