Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (I): Explicação, Miguel-Manso

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. EXPLICAÇÃO Apesar de partilharem a mesma língua e poder assumir-se que isso facilitaria a circulação constante e ininterrupta dos trabalhos poéticos das(os) poetas portuguesas(es) no Brasil e das(os) poetas brasileiras(os) em Portugal, esta lógica não corresponde à realidade das últimas décadas. As razões pelas quais os trabalhos … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (I): Explicação, Miguel-Manso

Miguel Martins (1969—)

Miguel Martins nasceu em Lisboa, em 1969. É poeta, prosador, crítico, tradutor, letrista de canções, arqueólogo, músico. Este é o seu 27º livro desde 1995. Traduziu, entre muitos outros, Rabelais, Lorca, Luigi Russolo, E. M. Forster, Henry Roth, Aminata Sow Fall e Heather McDonald. É membro do Conselho das Artes do Centro Nacional de Cultura (Lisboa) e do Conselho Editorial da revista Gândara, da Pontifícia … Continuar lendo Miguel Martins (1969—)

Patrícia Lino (1990—)

há muito, entre nós de aqui, constituiu-se uma tradição forte do temperamento satírico, paródico. tempero dos trópicos, talvez, que assimilou-se de modo interessante já pelos caminhos de passagem, ali pelos antes, com um gregório de matos ou um sapateiro silva ou um qorpo santo ou um bernardo guimaraens, do elixir do pajé, na poesia, e também, os fios de ponta de língua bífida do nosso … Continuar lendo Patrícia Lino (1990—)

Daniel Filipe (1925-1964)

  Procurei mais informações sobre o poeta Daniel Filipe, porém praticamente nada avança sobre o que está na Wikipédia, que aqui transcrevo e adapto: Daniel Damásio Ascensão Filipe nasceu na Ilha da Boavista, Cabo Verde, em 11 de dezembro de 1925. Veio para Portugal ainda criança, onde acabaria por concluir o Curso Geral dos Liceus. Mais tarde, foi co-director dos cadernos Notícias do Bloqueio, colaborador … Continuar lendo Daniel Filipe (1925-1964)

Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)

fiama hasse pais brandão (lisboa 1938 – lisboa 2007) foi uma poeta, dramaturga, ensaísta e tradutora portuguesa. estudou letras germânicas na faculdade de letras da universidade de coimbra. faz seu debute literário em 1957, com o livro Em cada pedra um voo imóvel, que lhe rendeu o prêmio adolfo casais monteiro, mas ganha espaço mesmo em 1961, quando junto com outros cinco poetas (gastão cruz, … Continuar lendo Fiama Hasse Pais Brandão (1938-2007)

Mafalda Sofia Gomes (1992-)

Mafalda Sofia Gomes nasceu em Matosinhos, Portugal, em 1992. Faz trabalho de investigação no âmbito da germanística medieval. É co-fundadora e co-editora da plataforma “A Bacana”. * * *   Bolo de aniversário Dia haverá e será de festa em que me farás um bolo duas camadas separadas com cobertura doce celebradas com recheio muito amargo no topo as velas o fogo aceso dado de … Continuar lendo Mafalda Sofia Gomes (1992-)

8 poemas inéditos de Luís Pedroso

The misfits, 1961

Existe um tempo ausente, imensurável,
de quem está sentado de viés
ao seu posto de sempre na mesa,
olhando o silêncio, evocando o fugaz
e o tempo do que aguarda na culatra

Existe um tempo longo mas tão curto,
ocupado no arremesso de objectos
e apontamentos biográficos
para fora da vida e o tempo-instante
do esquecimento que é para sempre.

E um tempo ínfimo, esticado e repuxado –
descobriram, novinhos-a-estrear,
quarenta e cinco segundos de Marilyn nua,
provando que nunca se acaba
de despir um cadáver Continuar lendo 8 poemas inéditos de Luís Pedroso

XANTO| Adília estreia, por Guilherme Gontijo Flores

É sempre o caso de celebrar quando uma poetisa (assim ela prefere) relevante de língua portuguesa recebe atenção no Brasil, mais ainda quando temos a chance de ler um livro inteiro como foi originalmente publicado, de modo que revele sua poética sincrônica, seu modo de organizar um volume, pensar os poemas com conjunto, etc. Um jogo bastante perigoso, o primeiro livro de Adília Lopes (pseudônimo … Continuar lendo XANTO| Adília estreia, por Guilherme Gontijo Flores

XANTO | Ana Hatherly: a dificuldade essencial de uma botânica, por Bárbara Costa Ribeiro

   Olho para a estante e dali me olha de volta uma antologia azul, A idade da escrita e outros poemas (2005), de Ana Hatherly. A ideia de uma antologia me agrada: justamente, colher flores, a imagem que me toca e me conclama. Essa imagem que brota de Ana em mim é a paisagem do jardim, com todos os seus mínimos mistérios. Colho o livro … Continuar lendo XANTO | Ana Hatherly: a dificuldade essencial de uma botânica, por Bárbara Costa Ribeiro