XANTO| A falha que te torna em ti mesmo: “Tresmalhado”, de Jorge Roque, por Pádua Fernandes

O último livro de Jorge Roque, Tresmalhado (Lisboa: Averno, 2016), mantém a forma do poema em prosa que caracteriza o autor, com o mesmo tipo de sujeito que observa a si mesmo ou aos outros com um tom amargo, na poética descrita em “Som rouco”, de Broto sofro (Lisboa: Averno, 2008, com pinturas de Guilherme Faria): “Ouviu um som rouco que lhe saiu da garganta, … Continuar lendo XANTO| A falha que te torna em ti mesmo: “Tresmalhado”, de Jorge Roque, por Pádua Fernandes

Um fato no limite da nudez: entrevista com Manuel de Freitas, por Fabio Weintraub

Por ocasião do lançamento de Suite de pièces que l’on peut jouer seul (São Paulo: Corsário-Satã, 2017, 168 p., R$ 50,00), sua terceira antologia de poemas publicada no Brasil, o poeta português Manuel de Freitas concedeu ao Escamandro a entrevista que você lerá a seguir. Nascido no Vale de Santarém em 1972, Freitas publicou seu primeiro livro em 2000 e de lá para cá lançou … Continuar lendo Um fato no limite da nudez: entrevista com Manuel de Freitas, por Fabio Weintraub

XANTO | Consciência do cadafalso (sobre ‘Últimos poemas’, de José Miguel Silva), por Pádua Fernandes

Últimos poemas (Lisboa: Averno, 2017) parece fechar um ciclo na obra de José Miguel Silva. Em seu primeiro livro, O sino de areia (Porto: Gilgamesh, 1999), incluiu alguns poemas a partir de filmes, indicando-os nos títulos. Da filmografia japonesa selecionada, interessava ao poeta “O último dos homens” (“Viver – A. Kurosawa”), um “abrigo” “Antes que da noite o lobo venha/ devorar o que nos resta.” … Continuar lendo XANTO | Consciência do cadafalso (sobre ‘Últimos poemas’, de José Miguel Silva), por Pádua Fernandes

O resto é rosto: rastros Do ínfimo, de Maria João Cantinho; por Danielle Magalhães

Começo a ler Do ínfimo e algo retém minha atenção desde antes do começo: o índice. Demoro meu olhar nos títulos dos poemas. Ainda que não estejam explicitamente lá, três momentos me chegam a partir da indicação de leitura sugerida: 1) assombrar, 2) nomear, 3) velar. Poderia dizer isso de outro modo:  primeiro, o assombro; depois, o reconhecimento: dar nome à sombra; e então, o … Continuar lendo O resto é rosto: rastros Do ínfimo, de Maria João Cantinho; por Danielle Magalhães

João Bosco da Silva (1985-)

João Bosco da Silva nasceu em Bragança (1985). Passou a maior parte da sua infância e adolescência em Torre de Dona Chama. Estudou no Porto. Vive na Finlândia. Livros de poesia: Os Poemas de Ninguém (Atelier, 2009), Disse-me António Montes (Mosaico de Palavras, 2010), Bater Palmas E Sete Palmos De Terra Nos Olhos (Mosaico de Palavras, 2011), Saber Esperar Pelo Vazio (Mosaico de Palavras, 2012), … Continuar lendo João Bosco da Silva (1985-)

Um poema inédito de Tatiana Faia (1986-)

Tatiana Faia (Portugal, 1986) vive e trabalha em Oxford. É doutorada em Literatura Grega Antiga com uma tese sobre a Ilíada de Homero (Back Across the Barrier of the Teeth. Studies on Homeric Characters: The Iliad). Com José Pedro Moreira e André Simões editou a revista Ítaca: Cadernos de Ideias, Textos & Imagens (2009-2011). Actualmente é editora, com José Pedro Moreira,  Paulo Rodrigues Ferreira e Victor Gonçalves, … Continuar lendo Um poema inédito de Tatiana Faia (1986-)

o canto pop de campilho

os poemas dos outros são tão direitinhos, tão justamente metidos no interior das linhas de separação, canções tão perfeitas, que em nada remetem para o nível real do acontecimento. (MC) não se define pop, fácil. então, claro, vou deixar isso de lado. entrego pra vocês, certo? direto ao ponto. a poesia de matilde campilho veio como uma pancada inesperada nos ares discretos da poesia portuguesa … Continuar lendo o canto pop de campilho

helder é morto — 23.03.2015

herberto helder morreu & não sentiremos sua falta, não faremos elogios, não soaremos solenes em necrológios. poeta que foi de vida & morte, de peso das ausências, de canto & rasgo, por certo, morto, não faz falta; falta foi, felizmente, o que nos deu enquanto vivo, falta firme & incômoda & incontornável cristalizada em linguagem. nada de canção do eterno, nada de imortalidades: a vida crua, nua, … Continuar lendo helder é morto — 23.03.2015

Vozes, de Ana Luísa Amaral

Ana Luísa Amaral é uma autora lisboeta nascida em 1956. Licenciou-se em Letras Germânicas na Faculdade de Letras do Porto, onde leciona até hoje. Completou uma tese de doutorado sobre Emily Dickinson (que pode ser baixada e lida clicando aqui), cujos poemas ela também já traduziu e publicou no volume Cem Poemas (ed. Relógio d’Água, 2010), uma edição que infelizmente me parece bastante difícil de … Continuar lendo Vozes, de Ana Luísa Amaral