Ângela Quinto

A série Perdi minha língua no estrangeiro surgiu de uma experiência na Oficina Tipográfica São Paulo, a partir do círculo de tipos móveis criado por Luy Albino. Entrar numa tipografia meses após a morte de meu irmão, um tipógrafo também, foi como andar para trás até chegar a traços indecidíveis. Repetir a impressão desse círculo de tipos incansavelmente, para depois chegar ao ateliê/casa e: ampliar, sobrepor, justapor, … Continuar lendo Ângela Quinto

Patrícia Lino (1990—)

há muito, entre nós de aqui, constituiu-se uma tradição forte do temperamento satírico, paródico. tempero dos trópicos, talvez, que assimilou-se de modo interessante já pelos caminhos de passagem, ali pelos antes, com um gregório de matos ou um sapateiro silva ou um qorpo santo ou um bernardo guimaraens, do elixir do pajé, na poesia, e também, os fios de ponta de língua bífida do nosso … Continuar lendo Patrícia Lino (1990—)

Quatro poemas inéditos de Sérgio Medeiros

O livro inédito Friso de caligrafia se propõe a “mostrar” dois submundos, por meio de poemas visuais.  Na primeira parte, o livro oferece uma visão das cadernetas de descritos do autor, acumuladas durante anos e repletas de desenhos, riscos e pequenos textos em prosa nos quais o símile e a prosopopeia predominam. Páginas dessas cadernetas estão coladas nos poemas, os quais podem ser lidos, assim, como a exposição … Continuar lendo Quatro poemas inéditos de Sérgio Medeiros

A palavra coisa: conversa com Almandrade, por Patrícia Lino

O trabalho de Almandrade (1953, Salvador, Bahia) é, no contexto da poesia e artes visuais brasileiras, singular. Influenciado, de modo claro, pelo movimento de Poesia Concreta e sobretudo pelo Poema/Processo, Almandrade fez inúmeras peças que combinam vários modos de expressão literário-artística. Desde dos poemas visuais, publicados e expostos a partir dos anos 70, à pintura ou às peças escultóricas mais recentes, a sua voz interdisciplinar … Continuar lendo A palavra coisa: conversa com Almandrade, por Patrícia Lino

“rue”, de ricardo corona

rue sans issue? à sens unique? dos pedestres? da polícia? das putas? de carolina maria de jesus, escritora-catadora? rua dos professores? dos carros? mettre à la porte? fim da rua? à esquerda? à direita? das trans? de todos? bora lá ruar? ricardo corona * * * o poema inteiro pode ser baixado como pdf aqui: rue. ricardo corona é escritor, editor e tradutor. publicou, entre outros, … Continuar lendo “rue”, de ricardo corona

décio pignatari, in memoriam (1927-2012)

E a geração dos grandes poetas brasileiros que floresceram na década de 1950 perde mais um de seus nomes, neste domingo, dia 2 de dezembro de 2012. Nascido em 20/7/1927 em Jundiaí, morreu ontem em São Paulo, 2/12/12, o poeta Décio Pignatari. Um semiótico inveterado, fundou – ao lado de Roman Jakobson, Umberto Eco, Emile Benveniste, Iuri Lotman e outros – a Associação Internacional de … Continuar lendo décio pignatari, in memoriam (1927-2012)