As Com/posições de Juan Gelman

Juan Gelman (1930) é um poeta judeu argentino, autor de mais de trinta livros e ganhador de prêmios literários como o Cervantes e o Reina Sofía de Poesía Iberoamericana. Sua história de vida é trágica e marcada pelo “desaparecimento” (leia-se sequestro e assassinato) de seu filho, sua nora e sua neta nas mãos dos militares da ditadura argentina e pelo subsequente exílio do poeta na … Continuar lendo As Com/posições de Juan Gelman

Uma certa taça de crânio de Byron em várias bocas

Quem, por acaso, já folheou as páginas de Espumas Flutuantes, do nosso famoso poeta Castro Alves (1847-1871), romântico de 3ª geração, conhecido pelo poema anti-escravista Navio Negreiro, com certeza deve ter percebido que o poeta mescla alguns poemas traduzidos junto com sua produção própria ao longo do volume. Um desses poemas, de grande destaque, é a seguinte tradução de um poema do, também romântico famoso, … Continuar lendo Uma certa taça de crânio de Byron em várias bocas

Hafez e o gazel

Na poesia persa, o gazel é um poema breve, de aproximadamente sete a quinze dísticos cuja rima é aa, ba, ca, etc. Uma de suas características mais marcantes é a afirmação do eu poético através da alusão ao nome artístico do poeta nos versos finais. Mas, como no caso da elegia erótica romana, não se deve pensar, por causa disso, que ele seja uma expressão … Continuar lendo Hafez e o gazel

Omar Khayyam

Omar Khayyam foi um sábio que viveu na Pérsia entre os séc. X-XI. Escreveu textos de matemática, astronomia e metafísica, mas se tornou especialmente conhecido no Ocidente após a tradução de Edward FitzGerald, no século XIX, de alguns de seus rubaiyat. A questão da autoria desses poemas é bastante controversa. É apenas no séc. XII que encontramos uma citação de versos seus e apenas no … Continuar lendo Omar Khayyam

horácios na ode 1.11 “a leuconoe”

a imagem acima resume o ponto: esta ode de horácio é a mais pop, mesmo que nem tanta gente a tenha lido integralmente. o mote expresso no carpe diem é o resumo de um topos clássico para viver o agora, sem confianças no que possa vir ou não, no dia seguinte. não pretendo aqui fazer uma apresentação da poesia de quinto horácio flaco (65 a.c. – 8 … Continuar lendo horácios na ode 1.11 “a leuconoe”