XANTO | O mundo mutilado, de Prisca Agustoni ou as línguas partidas. Resenha e desenho, por Ana Cláudia Romano Ribeiro.

O mundo mutilado, livro de poemas de Prisca Augustoni, publicado pela editora Quelônio em 2020, com detalhe de ilustração de Anna Allenbach na capa, tem sete partes: seis delas são compostas por poemas; a última, “como nasceu este livro”, localiza o leitor no tempo, no espaço e nas tragédias que ele recoloca aos nossos olhos e que motivaram o livro: Entre 2013 e 2017 os … Continuar lendo XANTO | O mundo mutilado, de Prisca Agustoni ou as línguas partidas. Resenha e desenho, por Ana Cláudia Romano Ribeiro.

XANTO | Osman Lins & Imagens de circunstâncias pelas lentes do romancista, por Cristiano Moreira

Um dia escrevi um poema. É a primeira vez que falo nisso: chamava-se ‘Beduíno regenerado pela Lua’. Que significava esse tema estranho? Como se eu já soubesse que a poesia salva o homem. Fui censurado pela minha família, porque os meus versos não tinham rima nem métrica. Eu estava com oito anos e aquele foi o meu primeiro contato com o academismo.(LINS, Osman. Evangelho na … Continuar lendo XANTO | Osman Lins & Imagens de circunstâncias pelas lentes do romancista, por Cristiano Moreira

XANTO | Joy Harjo: poeta da terra, voz do vento, por Rafael Sobral

A natureza enraizada em terra germina sementes que crescem, florescem e frutificam, suas folhas respiram e fazem respirar, seus caules, troncos e tocos são fundamentos desde antes de pegadas marcadas no chão pela exploração e apropriação do que depois chamou-se de humano, logo o sumo do sumo sempre permanece liquefeito e sublimado como relva sobre as flores e folhas das estações do tempo ou sobre … Continuar lendo XANTO | Joy Harjo: poeta da terra, voz do vento, por Rafael Sobral

XANTO | Poemas esparsos da Dinastia Tang, por Alessandro Palermo Funari

De início, um aviso: não sou conhecedor da língua ou poesia chinesas. As traduções aqui não são, portanto, o trabalho nem de um sinólogo nem de um sinófono, mas simplesmente a união incauta entre a oportunidade e um dicionário online chinês/inglês (yellowbridge.com/chinese/dictionary). A escolha de poemas e poetas pode, igualmente, parecer randômica, e realmente o é: tudo o que os une é o fato de … Continuar lendo XANTO | Poemas esparsos da Dinastia Tang, por Alessandro Palermo Funari

XANTO | Papo Solto com Siba, um poeta da voz, por Erika Muniz

foto de José de Holanda/divulgação Em diversos momentos de nossa história, as movimentações artísticas encontram na canção um de seus elementos centrais. Seja no forró, samba, hip hop, funk carioca, baião, carimbó, pagodão baiano, frevo ou ciranda, para citar alguns dos ambientes em que isso se torna evidente. Mas há inúmeros outros. Sempre em profundo diálogo com a poesia e a teatralidade, visto que essas … Continuar lendo XANTO | Papo Solto com Siba, um poeta da voz, por Erika Muniz

XANTO | tremor e delicadeza na poética de Camillo César Alvarenga, Por Rubens da Cunha

“oxalufã”, por Salamanda Em “À procura da poesia”, Carlos Drummond escreve: “Chega mais perto e contempla as palavras. / Cada uma / tem mil faces secretas sob a face neutra / e te pergunta, sem interesse pela resposta, / pobre ou terrível, que lhe deres:trouxeste a chave?” A princípio, as palavras fazem essa pergunta para aqueles que se propõema escrever. Aqui, penso também que essa … Continuar lendo XANTO | tremor e delicadeza na poética de Camillo César Alvarenga, Por Rubens da Cunha

XANTO | o que as coisas mínimas ensinam sobre as revoluções: uma leitura de “a primavera das pragas” de ana carolina assis, por julya tavares

“rascunho” de joana lavôr para a capa do livro de ana carolina assis e envolto em tempestade, decepado entre os dentes segura a primavera secos & molhados “praga” é o nome que se dá a ervas ou pequenos animais que destroem plantas, móveis de madeira, livros; é, ainda, o nome da capital da república tcheca, lugar que historicamente teve um papel importante de resistência a … Continuar lendo XANTO | o que as coisas mínimas ensinam sobre as revoluções: uma leitura de “a primavera das pragas” de ana carolina assis, por julya tavares

XANTO | Jogo perigoso: aumentar as ideias no coração dos alegres, por Ana Luiza Rigueto

“Qual é o perigo?”, foi a pergunta dirigida a Adília Lopes durante uma entrevista em 2005, em referência ao título de seu primeiro livro, “Um jogo bastante perigoso”, publicado em Portugal vinte anos antes (com primeira edição no Brasil pela Editora Moinhos, 2018). Adília responde que “viver é perigoso”. O jornalista Carlos Vaz Marques insiste, “e a poesia?”. Então ela assente, pois “custou a cabeça … Continuar lendo XANTO | Jogo perigoso: aumentar as ideias no coração dos alegres, por Ana Luiza Rigueto

XANTO | Miragem de Soraya Madeiro: A esfoladura no tempo, por Bárbara Costa Ribeiro

“desde quando se prevê o amorem que o tempo vai correr?” (Miragem, “alfabetização”, p. 9). Na noite de 24 de novembro de 2018, em Fortaleza, foi lançado o livro de poemas Miragem, de Soraya Madeiro, pela editora Moinhos, estabelecida em Belo Horizonte. Já o percorri algumas vezes, o livro, desde então. E constato, assim, que sua poesia, de maneira muito doce e insólita, me comove. … Continuar lendo XANTO | Miragem de Soraya Madeiro: A esfoladura no tempo, por Bárbara Costa Ribeiro

XANTO | Sem juízo nenhum: dívidas, vidas culpadas e a poesia de Lucas Matos, por Rafael Zacca

Texto com pequenas modificações, apresentado no simpósio “Poesia contra polícia”, organizado por Gustavo Silveira Riberiro e Tiago Guilherme pinheiro, na XV ABRALIC, em 2017.   A literatura se depara frequentemente com o problema da produção ou da exposição de uma vida. Isso diz respeito, inclusive, às artes verbais clássicas, entre as quais a épica se perguntava pelo valor de uma vida, a tragédia pelo destino … Continuar lendo XANTO | Sem juízo nenhum: dívidas, vidas culpadas e a poesia de Lucas Matos, por Rafael Zacca