william zeytounlian (1988)

Zeytounlian

william zeytounlian (sampa, 1988) é poeta ainda inédito em livro próprio, assistente no clube literário hussardos, formado em história pela unifesp, onde desenvolve sua pesquisa de mestrado sobre as práticas de silêncio na modernidade a partir de documentos moralistas na frança do século XVII.

alguns poemas seus já  saíram na antologia é que os hussardos chegam hoje (2014) & no blog da modo de usar & co. publicou algumas plaquetes com traduções de três peças de samuel beckett (improviso de ohio, canção de ninar & que onde) um texto de john cage (o futuro da música: credo) & está para lançar mais duas plaquetes — canções, de bill callahan (de que também participo) & poemas, de leonard cohen.

como se não bastasse, o rapaz toca um blog produtivíssimo (i beg your pardon) ainda é atleta profissional de esgrima na modalidade sabre.

guilherme gontijo flores

RUÍNAS

Aqui chegamos:
o nosso ponto
indefinível –

motivo
repetitivo:
…………..cimo do
…………..labirinto.

que pergunta
não traria
sempre a
mesma
resposta?
…………..Que resposta
…………..não acertaria
…………..o alvo da
…………..mesma aposta?

Se você
não muda,
permanece
intraduzível;
…………..Se eu não me
…………..detenho,
…………..a minha imagem
…………..permanece.

motivo
repetitivo:
…………..talvez
…………..um dia
…………..cesse –

Aqui chegamos:
o nosso ponto
indefinível.

……………………….27 II 14

 

Um comentário sobre “william zeytounlian (1988)

  1. Muito bom, muito bom… Não sei quantos vão tentar fazer isso, mas: leiam o poema como um só poema e como 2 poemas, ou seja, leia só a parte direita e só a parte esquerda.

    Lembrou-me também o “Cirque d’hiver” da Elizabeth Bishop. Tanto pelo final quanto pelo uso do “você” que na verdade é um “eu”, ou, melhor dizendo, é a parte que falta do “eu” (“o nosso ponto indefinível”, talvez, ou o “eco do afeto” que ele se referiu noutro poema).

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