Boca de rio : Olho-d’água

pálpebra abrindo um poucohumano nasce um rioum olho-d’água olheirocabeça nascedouroou manadeiro fonteque cresce proliferagera – mãe-d’água etc. e pálpebra fechandoou estalada estanqueassim é que ele morrealgo exalando aforaum delta boqueirãobarra estuário fozboca de rio etc.se não minguar na secase não morrer à mínguasob a devastação mas nesse fim jamais termina a velha minase arranja terra adentrovira tudo que viranome de nimbo névoalago laguna mare nesse … Continuar lendo Boca de rio : Olho-d’água

Anacreonte & Anacreônticas, por Leonardo Antunes

Segundo a tradição, Anacreonte nasceu na cidade jônia de Teos, na Ásia Menor, por volta da metade do século VI a.C. Por conta dos ataques de Harpago, general de Ciro, contra as cidades gregas da região, os habitantes de Teos se viram obrigados a fugir, tendo rumado para a Trácia, onde fundaram Abdera em 540 a.C. A própria obra do poeta parece fazer menção a … Continuar lendo Anacreonte & Anacreônticas, por Leonardo Antunes

Simônides de Ceos, por Guilherme Gontijo Flores

Embora seja quase certo que Simônides tenha nascido na ilha de Ceos, praticamente não temos nos fragmentos nada que indique uma produção poética voltada para a própria pátria. Não à toa, Luísa Nazaré Ferreira, no seu trabalho de 2013, vai estudar exatamente a mobilidade poética antiga a partir de Simônides. Temos indicações de poesias feitas para diversos pontos da Grécia, de Andros e Eubeia até … Continuar lendo Simônides de Ceos, por Guilherme Gontijo Flores

Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (VIII): 12 poemas de Susana Araújo

Susana Araújo. Cossoul. 2019. “Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021].Parte III: “Poesia Expandida. Fernando Aguiar, Teresa M. G. Jardim, Ricardo Tiago Moura, Alexandre Francisco Diaphra e Marta Bernardes” [maio 2021].Parte … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (VIII): 12 poemas de Susana Araújo

Jorge Canese, por Adalberto Müller

Jorge Canese (1947-) é um dos mais importantes poetas paraguaios da geração que nasceu em meio à ditatura de Higinio Morígino (1940-1948)  e que teve que enfrentar uma das mais longas e cruéis ditaduras militares do século XX: a de Alfredo Stroessner (1954-1989). O nome desse sanguinário carrasco deve ser lembrado aqui por duas razões: primeiro, porque Canese foi aprisionado e torturado no final dos … Continuar lendo Jorge Canese, por Adalberto Müller

Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (VII): 7 poemas inéditos de Pedro Eiras 

Pedro Eiras. 2016. © Sara Augusto “Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021].Parte III: “Poesia Expandida. Fernando Aguiar, Teresa M. G. Jardim, Ricardo Tiago Moura, Alexandre Francisco Diaphra e Marta Bernardes” [maio … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (VII): 7 poemas inéditos de Pedro Eiras 

Nigar Arif, por Francis Kurkievicz

Nigar Arif nasceu em 20 de janeiro de 1993, no Azerbaijão. Formou-se em Língua Inglesa pela Universidade Pedagógica do Estado do Azerbaijão, em 2014. É membro da União Mundial dos Jovens Escritores da Turquia e diplomou-se na III Escola de Escritores Jovens pela União de Escritores do Azerbaijão. Também é membro do Fórum Internacional para a Criatividade e Humanidade, instituição sediada no Marrocos. Alguns de … Continuar lendo Nigar Arif, por Francis Kurkievicz

Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (VI): Casa de Gigante

Fotografia: Raquel Caetano Lopes @vivertodososdiascansa “Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021].Parte III: “Poesia Expandida. Fernando Aguiar, Teresa M. G. Jardim, Ricardo Tiago Moura, Alexandre Francisco Diaphra e Marta Bernardes” [maio 2021].Parte … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (VI): Casa de Gigante

Óssip Mandelstam, por Guilherme Zani Teixeira

Óssip Emilevitch Mandelstam (1891-1938), poeta, ensaísta e tradutor, publicou três coletâneas de poesia em vida: Камень [Pedra], em 1913, obra que mais se aproximou da proposta do acmeísmo, movimento iniciado em 1911 e que buscava responder aos excessos do simbolismo, tópico que já vinha sendo debatido há quase uma década; Tristia, em 1922, com um título que faz alusão a Ovídio, poeta com o qual … Continuar lendo Óssip Mandelstam, por Guilherme Zani Teixeira

Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (V): Patrícia Lino conversa com Tiago Alves Costa

“Concretos como frutos nítidos como pássaros” é uma série dedicada à divulgação da poesia portuguesa contemporânea no Brasil. Leia os posts anteriores da série. Parte I: “Explicação, Miguel-Manso” [fevereiro 2021].Parte II: “Regina Guimarães, Margarida Vale de Gato, Maria Brás Ferreira” [março 2021].Parte III: “Poesia Expandida. Fernando Aguiar, Teresa M. G. Jardim, Ricardo Tiago Moura, Alexandre Francisco Diaphra e Marta Bernardes” [maio 2021].Parte IV: “Volta para Tua Terra … Continuar lendo Concret_s como frutos nítid_s como pássaros (V): Patrícia Lino conversa com Tiago Alves Costa