Ilya Kaminsky (1977-), por Rubens Akira Kuana

Ilya Kaminsky nasceu em 1977 em Odessa, antiga União Soviética, atual Ucrânia. Ele perdeu a maior parte de sua audição aos quatro anos de idade, quando um médico diagnosticou erroneamente caxumba como um resfriado. Sua família recebeu asilo político nos Estados Unidos em 1993, estabelecendo-se em Rochester, Nova Iorque. Após a morte de seu pai em 1994, Kaminsky começou a escrever poemas em inglês. O … Continuar lendo Ilya Kaminsky (1977-), por Rubens Akira Kuana

23 tradução para um epigrama de Tibulo, por Matheus Mavericco

Elogiado por Quintiliano no livro X das Instituições Oratórias e lembrado por Ovídio no nono poema do terceiro livro dos Amores, Tibulo é sem dúvidas um nome de destaque dentro da elegia romana, ao lado do próprio Ovídio ou de Propércio. O gênero elegíaco, que remonta à poesia grega arcaica, surgiu na poesia romana pelas mãos de um certo Cornélio Galo, de quem só restam … Continuar lendo 23 tradução para um epigrama de Tibulo, por Matheus Mavericco

XANTO | Rodrigo Tadeu Gonçalves e a transfiguração do espasmo em ironia, por Sergio Maciel

[…] Tudo chega de um mundo antiquíssimo Onde encontraremos pedaços desajustados de fotografias: Recortes de pensamentos visuais E um amor que não quer colaborar com a morte – Vasto pássaro bicando as montanhas lavadas. “Natureza”, de Murilo Mendes   Há uma miríade de sentimentos que podemos nutrir diante de situações traumáticas, e a psicologia vai dar conta disso, o que me interessa aqui, particularmente, é … Continuar lendo XANTO | Rodrigo Tadeu Gonçalves e a transfiguração do espasmo em ironia, por Sergio Maciel

Édipos, no plural: alguma diferença entre Sófocles & Sêneca e a tradução do prólogo romano

Charles Segal dedica muito pouco espaço em seu livro Oedipus tyrannus: tragic heroism and the limits of knowledge para tratar da versão senequiana do mito de Édipo, possivelmente pelo fato do classicista norte-americano considerar que a peça romana não se constitua como um drama próprio, senão como mera adaptação de um modelo grego. Essa abordagem fica evidente, sobretudo, devido ao capítulo em que Segal insere … Continuar lendo Édipos, no plural: alguma diferença entre Sófocles & Sêneca e a tradução do prólogo romano

6 traduções para o Édipo de Sêneca

Lúcio Aneu Sêneca (Lucius Annaeus Seneca, 4 a.C. – 65 d.C.), ou Sêneca, o Jovem, foi um tragediógrafo, poeta, orador e filósofo estoico romano que viveu sob os impérios de Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero, tendo este último o condenado à morte, sob a acusação de conjuração contra o imperador. De sua obra, podemos destacar as dez tragédias hoje a ele atribuídas, i.e., as … Continuar lendo 6 traduções para o Édipo de Sêneca

Severina Comédia

long story short: durante o processo de expansão e dominação do império romano o latim funcionou, majoritariamente, como uma língua de superstrato, ou seja, como a língua do conquistador, exercendo aquela severa influência na língua (e cultura) dos vencidos e, com isso, ajudando a disseminar toda a carga cultural romana. nada de novo nisso, não é mesmo carmen miranda? a questão é que quando esse … Continuar lendo Severina Comédia

Quatro poemas de Tristan Tzara, por Sergio Maciel e Google Tradutor

  tristan tzara, nascido samuel ou samy rosenstock (romênia 1896 – frança 1963), foi um poeta romeno, judeu, francês e dadaísta. foi, aliás, um dos membros fundadores do movimento dadaísta. algum tempo depois, após um certo declínio do movimento, junta-se ao surrealismo. junta-se, também, posteriormente, ao partido comunista e à resistência francesa. mas apesar de ser uma figura um tanto conhecida, em muito pela sua … Continuar lendo Quatro poemas de Tristan Tzara, por Sergio Maciel e Google Tradutor

Poema inédito de Ernesto von Artixzffski

  quando em seu bote inflável enfim ventanias sopraram e um turbilhão de águas confundiu seu rosto em pavor e pranto ela o filho acolhendo as mãos sobre ele pousou e assim disse: “filho, que dor desabou sobre nós! seu corpo não sabe e você dorme profundamente neste mísero bote de preto látex que sobre o breu-cianuro desliza nesta noite pobre de brilho nem tampouco … Continuar lendo Poema inédito de Ernesto von Artixzffski

nota crítica: “Poemas” de pier paolo pasolini, por ernesto von artixzffski

saiu há pouquíssimo tempo, coisa de um mês só, o livro Poemas de pasolini; uma seleção poética organizada pelo trio que vem encabeçando as recentes publicações italianas da cosac: maria betânia amoroso (escrevendo o posfácio), alfonso berardinelli (na organização e introdução) e maurício santana dias (tradução e notas). tendo a oportunidade de ter trabalhado com a editora na feira literária do sesc, que acontece todo … Continuar lendo nota crítica: “Poemas” de pier paolo pasolini, por ernesto von artixzffski

o sequestro de “os três mal-amados”, de João Cabral, por Ernesto von Artixzffski

João Cabral de Melo Neto (1920 – 1999) é o tipo de figura que dispensa maiores apresentações. No breve ensaio que segue, de autoria de Sergio Maciel (aka Ernesto von Artixzffski), o jovem poeta e tradutor comenta aqui o segundo livro de João Cabral, Os três mal-amados, contrastando sua leitura com a de Haroldo de Campos, para quem o volume seria “uma incursão sem maior … Continuar lendo o sequestro de “os três mal-amados”, de João Cabral, por Ernesto von Artixzffski